Matheus Donelli fala de seu primeiro jogo diante da torcida do Corinthians: 'Sensação única'
Goleiro substituiu Cássio contra a Chapecoense e fez sua primeira partida como profissional com a Neo Química Arena lotada. Ele também lembrou lance que fez grande defesa e também contou com sorte
Cria da base do Corinthians, o goleiro Matheus Donelli fez a sua estreia diante da torcida corinthiana na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na última segunda-feira (1º), na Neo Química Arena, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Reserva imediato do Timão desde o início desta temporada, o arqueiro atuou contra no lugar do titular, e ídolo corinthiano, Càssio, que cumpriu suspensão.
Foi o quinto jogo de Matheus Donelli entre os profissionais do Corinthians, mas o primeiro com torcedores, já que antes as partidas do clube estavam sem a presença de público, por conta da pandemia da Covid-19.
- Sensação única, momento muito especial na minha vida, na vida da minha família, trabalhei muito para viver esse momento e com certeza será uma noite que ficará marcada para sempre na minha memória - disse Matheus Donelli ao canal Corinthians TV.
O Corinthians foi amplamente superior em relação a Chap no último jogo, com 79% de posse de bola e 18 finalizações contra duas da adversária, mas, ainda assim, só foi às redes no último segundo de jogo. No entanto, quando a partida ainda estava 0 a 0, a equipe catarinense criou uma ótima chance de gol, que parou em uma bela defesa de Matheus Donelli, com a bola posteriormente batendo na trave e voltando para as mãos do goleiro.
Reserva imediato do Timão desde o início desta temporada, o arqueiro atuou contra no lugar do titular, e ídolo corinthiano, Càssio, que cumpriu suspensão.
Foi o quinto jogo de Matheus Donelli entre os profissionais do Corinthians, mas o primeiro com torcedores, já que antes as partidas do clube estavam sem a presença de público, por conta da pandemia da Covid-19.
- Sensação única, momento muito especial na minha vida, na vida da minha família, trabalhei muito para viver esse momento e com certeza será uma noite que ficará marcada para sempre na minha memória - disse Matheus Donelli ao canal Corinthians TV.
O Corinthians foi amplamente superior em relação a Chap no último jogo, com 79% de posse de bola e 18 finalizações contra duas da adversária, mas, ainda assim, só foi às redes no último segundo de jogo. No entanto, quando a partida ainda estava 0 a 0, a equipe catarinense criou uma ótima chance de gol, que parou em uma bela defesa de Matheus Donelli, com a bola posteriormente batendo na trave e voltando para as mãos do goleiro.
- Acredito que foi uma defesa importante para nossa equipe, no momento as coisas acontecem tão rápidas que às vezes a gente nem tem noção da grandeza de um gol, da grandeza de uma defesa, mas fico feliz de ter feito uma boa partida e ajudado a minha equipe a sair com a vitória - destacou o goleiro.
Corinthians treina com retorno de reserva em campo
Lucas Piton volta a treinar e pode ser opção contra o Fortaleza
O Corinthians voltou a treinar na tarde desta quarta-feira, no segundo dia de preparação para o duelo contra o Fortaleza, sábado, às 17h (de Brasília), na Neo Química Arena.
Desfalque na vitória do Corinthians sobre Chapecoense por um desconforto no músculo posterior da coxa esquerda, o reserva Lucas Piton participou de todo o treino do dia. Mesmo assim, o lateral Reginaldo, do sub-20, seguiu integrando as atividades no CT.
Os atletas que atuaram por mais de 45 minutos na segunda-feira trabalharam na parte interna do CT com a equipe de fisioterapia. As exceções foram os zagueiros Gil e João Victor, além dos meio-campistas Du Queiroz e Gabriel Pereira, que aqueceram com o grupo no campo.
O técnico Sylvinho promoveu uma atividade coletiva em espaço reduzido com os atletas. Foram jogos com curta duração, porém com bastante intensidade. O treinador voltará a contar com o goleiro Cássio e com o volante Xavier diante do Fortaleza. Ambos cumpriram suspensão na última rodada.
O elenco volta a treinar nas manhãs de quinta e sexta.
Corinthians segue preparação para sábado na Neo Química Arena ; titulares fazem regenerativo
LANCE! 03/11/2021 18:52
Na tarde desta quarta-feira, no CT Joaquim Grava, o Corinthians realizou o segundo treinamento preparatório para o duelo contra Fortaleza, partida marcada para o próximo sábado, às 17h, na Neo Química Arena, pela 30ª rodada do Brasileirão-2021. Lucas Piton deu mais um passo na recuperação
Parte dos atletas que atuaram por mais de 45 minutos na vitória sobre Chapecoense foram ao gramado apenas para o aquecimento. Restante do elenco participou de coletivo
No Campo 2, o técnico Sylvinho promoveu uma atividade coletiva em espaço reduzido com os atletas. Foram jogos com curta duração, mas com intensidade.
Em transição com a preparação física, o lateral-esquerdo Lucas Piton participou do treino do dia e pode retornar aos relacionados no próximo sábado. Mesmo assim, o lateral Reginaldo, do sub-20 do Corinthians, trabalhou mais uma vez com o grupo. Quem volta com certeza é o goleiro Cássio, que cumpriu suspensão e está novamente à disposição, assim como o volante Xavier.
Nesta quinta-feira, no período da manhã, o elenco corinthiano fará a terceira atividade preparatória para encarar o Fortaleza, em confronto direto pelo G4 do Brasileirão-2021. O Timão é o sexto colocado com 44 pontos, quatro a menos do que o adversário cearense, que ocupa a quinta posição na tabela.
Parte dos atletas que atuaram por mais de 45 minutos na vitória sobre Chapecoense foram ao gramado apenas para o aquecimento. Restante do elenco participou de coletivo
No Campo 2, o técnico Sylvinho promoveu uma atividade coletiva em espaço reduzido com os atletas. Foram jogos com curta duração, mas com intensidade.
Em transição com a preparação física, o lateral-esquerdo Lucas Piton participou do treino do dia e pode retornar aos relacionados no próximo sábado. Mesmo assim, o lateral Reginaldo, do sub-20 do Corinthians, trabalhou mais uma vez com o grupo. Quem volta com certeza é o goleiro Cássio, que cumpriu suspensão e está novamente à disposição, assim como o volante Xavier.
Nesta quinta-feira, no período da manhã, o elenco corinthiano fará a terceira atividade preparatória para encarar o Fortaleza, em confronto direto pelo G4 do Brasileirão-2021. O Timão é o sexto colocado com 44 pontos, quatro a menos do que o adversário cearense, que ocupa a quinta posição na tabela.
Os treinos são fechados a imprensa devido a pandemia de covid 19.
Corinthiano reserva volante Cantillo é convocado para sel colombiana
A seleção colombiana entra em campo nos próximos dias 11 e 16, contra o Brasil e o Paraguai. Portanto, após o jogo contra o Fortaleza, no sábado, o jogador se juntará ao elenco colombiano, na capital paulista, pois jogo será na Neo Química Arena.
Direto do CT: Timão faz treino coletivo de olho no Fortaleza
Parte dos atletas que atuaram por mais de 45 minutos na vitória sobre Chapecoense foram ao gramado apenas para o aquecimento
03/11/2021 18h09 Assessoria de imprensa
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Na tarde desta quarta-feira (03), no CT Dr. Joaquim Grava, o Corinthians realizou o segundo treinamento preparatório para o duelo contra Fortaleza, partida marcada para o próximo sábado (06), às 17h, na Neo Química Arena, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Assim como ontem (02), os atletas que aturam por mais de 45 minutos na vitória do Timão sobre a Chapecoense trabalharam na parte interna do CT com a equipe de fisioterapia. As exceções foram os zagueiros Gil e João Victor, além dos meio-campistas Du Queiroz e Gabriel Pereira, que foram ao gramado, mas participaram apenas do aquecimento com os demais companheiros e completaram o treinamento na parte interna.
No Campo 2, o técnico Sylvinho promoveu uma atividade coletiva em espaço reduzido com os atletas. Foram jogos com curta duração, porém com bastante intensidade.
Em transição com a preparação física, o lateral-esquerdo Lucas Piton participou do treino do dia. Mesmo assim, o lateral Reginaldo, do sub-20 do Corinthians, trabalhou mais uma vez com o grupo.
Amanhã (04), no período da manhã, o elenco corinthiano fará a terceira atividade preparatória para encarar o Fortaleza.
#OGolQueAFielNãoVibrou resgata emoção do torcedor do Corinthians
Ação da Neo Química Arena traz de volta a chance de comemorar gols que ocorreram sem os corinthianos nas arquibancadas
03/11/2021 16h30 Agência Corinthians A Neo Química Arena celebra o retorno de 100% da torcida com a ação #OGolQueAFielNãoVibrou, para resgatar o grito que ficou entalado na garganta dos corinthianos nos meses em que não puderam estar nas arquibancadas.
O pontapé inicial da campanha foi dado na partida contra a Chapecoense, na última segunda-feira (1º/11), com a exibição de um vídeo que mostra a falta que a torcida fez na hora de empurrar o time rumo à vitória. Ele estará novamente no telão da Neo Química Arena nos jogos contra Fortaleza (6/11) e Cuiabá (14/11).
A partir de hoje, #OGolQueAFielNãoVibrou passa a ser desdobrada nas redes sociais da Neo Química Arena e do Corinthians.
Dinâmica da ação #OGolQueAFielNãoVibrou
Para a ação, foram selecionados três gols marcados em jogos sem público. Os torcedores poderão escolher o favorito por meio da plataforma da Neo Química Arena, em https://neoquimicaarenavirtual.com.br, e o mais votado será exibido no telão do estádio durante o clássico contra o Santos, em 21/11.
Após se cadastrar e escolher o gol de sua preferência, o torcedor responderá à pergunta: "Por que esse gol ficou na minha memória?" e declarará se está interessado em fazer uma gravação. Quando as votações estiverem encerradas, os autores das cincos melhores respostas referentes ao gol mais votado irão à Neo Química Arena para fazer a narração do lance, com direito a explicar em detalhes toda a emoção do momento.
No dia 21/11, no clássico contra o Santos, o vídeo com as narrações será exibido no telão da Neo Química Arena. Em seguida, será publicado nas redes sociais do clube e do estádio.
Acesse e vote: https://neoquimicaarenavirtual.com.br
Sobre a Neo Química Arena
Em setembro de 2020, a Neo Química, uma das principais marcas de medicamentos similares e genéricos do Brasil, passou a dar nome à Neo Química Arena, com a compra dos naming rights do estádio do Sport Club Corinthians Paulista pela Hypera Pharma, dona da marca, por 20 anos. Além dos jogos de futebol, a Neo Química Arena passará a receber eventos, como espetáculos, shows musicais e campanhas de saúde. A marca é hoje a principal parceira do Sport Club Corinthians Paulista, com o patrocínio máster do futebol masculino, além de ser também patrocinadora de natação, futebol feminino e basquete.
Róger Guedes e Neo Química Arena: atacante tem cinco gols em seis jogos no estádio do Corinthians
O camisa 123 já é o vice-artilheiro corinthiano no Brasileirão com todos os seus tentos até aqui anotados na Neo Química Arena
LANCE!
03/11/2021
08:29
Foi como música. Enquanto a Fiel Torcida empurrava o Corinthians sem parar no primeiro jogo com capacidade total na Neo Química Arena desde a pandemia do novo coronavírus, a finalização de Róger Guedes cruzava a linha fatal no último minuto da partida contra a Chapecoense, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, na última segunda-feira (1º).
Simbiose perfeita, com alguns presságios. Na vitória corinthiana de segunda feira sobre a chap, o atacante do Timão chegou ao seu quinto gol pelo club, todos eles marcados na Neo Química Arena, em Itaquera. Parece, assim, que há uma mística entre o camisa 123 e o estádio corinthiano. Amém, amém, amém, já diria o próprio Róger Guedes.
Antes mesmo da chegada de Róger Guedes ao Corinthians, a Fiel Torcida já havia abraçado o atleta. A negociação para que o jogador rescindisse com o Shandong Taishan, da China, e ficasse livre para acertar com o Timão não foi fácil, mas a expectativa na Fiel corinthiana não diminuiu um segundo sequer, e a pergunta de sempre à época era: e o Róger Guedes.
– A sensação é muito boa desde o meu primeiro dia a torcida tomou conta, principalmente nas redes sociais eu percebi isso, ganhei 700, 800 mil seguidores depois da minha chegada, a grandeza do Corinthians é muito grande, uma das maiores do Brasil, agradecer a torcida, e se Deus quiser ter eles até o final – disse o atacante em entrevista ao SporTV após o triunfo contra a Chapecoense.
E o Róger Guedes chegou, já marcando gol nos minutos finais do empate em 1 a 1 contra o Juventude, pela 19ª rodada do Brasileirão, no dia 7 de setembro, na Neo Química Arena, em uma cobrança de falta perfeita.
Mas foi na vitória corinthiana no Dérbi, que Róger Guedes teve até agora seu melhor momento, aconteceu no dia 25 de setembro. Ele marcou os dois gols no triunfo por 2 a 1, e ainda anotou um terceiro, anulado por impedimento.
Na vitória do Timão sobre o Bahia, no retorno do público corinthiano a Neo Química Arena, mas ainda com 30% da capacidade total do estádio permitida, Róger Guedes também foi às redes.
No total, são cinco gols de Róger Guedes em seis jogos, na casa da Fiel, Neo Química Arena em Itaquera. Na matemática, é quase uma certeza, até aqui, que quando o Corinthians joga em casa vai ter gol do camisa 123.
Com cortes e nova metodologia, Corinthians quer transformar base em "fábrica de talentos"
Há quatro meses no cargo, Carlos Brazil explica suas ideias e nega interferências no setor
Por Bruno Cassucci e Marcelo Brag
03/11/2021 04h00
Via vídeo, em sua sala dentro do novo CT da base corinthiana, que ainda está em fase de conclusão, Carlos Brazil projetou o futuro do Timão.
Há pouco mais de quatro meses no cargo – assumiu em 15 de junho –, o executivo falou sobre as novas metodologias implantadas, disse como reduziu custos mesmo com a chegada de profissionais do mercado para cargos de confiança e projetou o Timão como uma "fábrica de talentos".
– Costumo dizer que ainda que não seja feito nenhum trabalho, o Corinthians vai formar. Sempre formou. A gente quando chama de fábrica de talentos algumas pessoas falam: “Mas jogador é mercadoria?” Não é isso, mas não encontro um nome melhor. Precisamos desenvolver jogadores de diversas posições com potencial para dar retorno técnico e financeiro. Clubes que trabalham formação mais específica, com metodologia, com critérios de formação, hoje vendem bastante jogador. Os clubes do Brasil que são os maiores vendedores, vendem jogadores formados no club. Acredito nisso e vejo no Corinthians essa força pela camisa, pela marca – disse o dirigente.
Abaixo, veja a entrevista exclusiva:
ge: Vimos que você está trabalhando do CT da base. Em que estágio ele está?
Carlos Brazil: – Funcionando parcialmente. Temos os campos, e algumas categorias já treinam no CT. Não foi inaugurado porque faltam ainda alguns detalhes. Tem uma academia boa, falta o alojamento. Nada que atrapalhe o trabalho de formação. O que tem aqui é bem suficiente para a gente fazer um trabalho adequado e formar os jogadores. Para hospedagem, tem a Casa do Atleta, que atende bem. Na questão da alimentação, lógico que o ideal é estar tudo dentro do CT para a gente acompanhar mais de perto. Mas não prejudica, o presidente está bem atento à necessidade de fazer investimentos, está tentando colocar ordem na casa na parte orçamentária para fazer os investimentos necessários.
ge: Como funciona a divisão de espaço da base com a categoria feminina no CT?
– Só o profissional do feminino que treina aqui. A base treina no Parque São Jorge. Mas é tranquilo, tem treinos de manhã e de tarde, sempre sobra um campo.
A fundação do hotel está pronta, a obra está parada, mas acredito que estejam buscando investidores ou até mesmo recurso próprio do Corinthians, mas buscando patrocínio. O presidente tem ciência dessa necessidade e está empenhado em terminar o CT, ele sabe o quanto isso é importante. Questão de grana é aquela coisa, existem as dificuldades de quase todos os clubes, mas acho que o Corinthians tem uma força na marca enorme.
– Não vejo dificuldades no curto prazo de essa obra andar e logo ter o alojamento. Junto com o alojamento, teria a parte de refeição, restaurante, o que facilitaria a logística dos meninos. Hoje temos que fazer a alimentação no Parque São Jorge, mas é tudo muito perto. O ônibus sai da Casa do Atleta, vai para o Parque São Jorge e aí vem para cá. Isso leva dez, 15 minutos, não afeta em muita coisa. Mas o ideal seria tudo aqui. Acredito que no médio prazo ficará pronto.
– A Casa do Atleta atende os meninos que vêm de outros estados e podem ficar hospedados lá, tem sempre lugar suficiente, cabem 48 atletas. Há no Brasil um gestor argentino e ele ficou muito assustado com a dificuldade no Brasil, pela dimensão que o país tem, de não pode hospedar meninos com menos de 14 anos. Na Argentina, eles hospedam a partir de oito anos. O Ministério Público vai na casa do atleta, vê a situação da família e checa a autorização. Aqui no Brasil, não se autoriza. O Brasil perde seis anos na sua formação, por isso a Argentina consegue equiparar em qualidade. O futebol é cada vez mais precoce, precisamos trabalhar desde cedo, eles recebem conteúdos a cada ano. O ideal é que o menino chegue com oito, nove, dez anos. Com 11 ou 12, ainda dá tempo para formar. Mas quando vêm os meninos com 11 ou 12 anos e que não foi feito trabalho antes, eles têm dificuldade para passar no teste.
– Às vezes você encontra menino de 10 ou 11 anos com excelente qualificação que mora em Aracaju, Mato Grosso, mas não tem como vir para cá. O Brasil perde muitos talentos por conta dessa questão do Ministério Público. Acredito na formação, e quanto menos se contratar com 16, 17, 18, 19, 20 anos é melhor. As grandes vendas do futebol brasileiro são de meninos formados no clube desde os 10 ou 11 anos. É difícil um menino que chega no Corinthians com 16, 17, 18 anos. Existem casos, é claro, mas é mais difícil a transição para o profissional por ele não vivenciar a história no clube na formação.
– A hospedagem é para a gente trazer esses meninos a partir de 14 anos com a carência que você tem no elenco por não ter conseguido desenvolver algum menino da própria cidade. Falo ao pessoal da captação para buscar meninos no estado, possibilitando que ele treine no Corinthians desde cedo. A partir daí, com 14 ou 15 anos, você pontualmente vai buscando posições que acredita que são mais carentes. Ou seja, não há grande necessidade de ter hospedagem para tantos atletas.
A pandemia fez com que vários meninos ficassem sem treinar em 2020, em diferentes categorias, voltando em 2021. Isso impactou na formação destes garotos?
– Muito. Esse é um problema no Brasil inteiro, de vários clubes. Temos meninos que eram sub-13 antes da pandemia, treinaram até março de 2020, e voltam ao clube como sub-15. Há uma perda grande neste tempo. Com 13 e 14 anos eles recebem conteúdos muito importantes na formação. Saem da fase de criança para adolescente. Costumamos dizer que tem a formação inicial, a de desenvolvimento e a de alto rendimento. Essa é a de desenvolvimento. E você chega no sub-15, que já é alto rendimento, com essa defasagem pelo tempo que ficaram parados. É a categoria mais prejudicada. Vai refletir lá na frente. Estamos tentando recuperar esses meninos. Em 2019, você teria o sub-17 com competição nacional. Esses meninos deixaram de disputar uma grande competição e já foram ao sub-20. De forma geral, todas as idades foram prejudicadas. Os de 15, 16, 18 sofreram mais.
O que você encontrou ao chegar na base do Corinthians?
– Hoje, a área científica tem crescido na formação do jogador de base no Brasil, acompanhando as tendências da Europa. Para isso, você precisa ter recursos humanos competentes. Encontramos no Corinthians muitos bons profissionais, mas como a coisa é muito ampla, muita coisa estava sendo feita de forma isolada, sem algo sistemático, metodologia, processo de formação. Havia uma certa proximidade do futsal com o futebol de campo, mas agora realmente conseguimos integrar, já que os treinadores do futsal até o sub-14 são os mesmos treinadores do futebol de campo.
Quais outros tipos de mudanças eram necessários?
– A base precisava de um investimento nas coordenações. Não tenho como ver tudo, são categorias de 7 a 20 anos de idade. Preciso de pessoas capacitadas e da minha confiança para estarem dentro dos departamentos colocando a metodologia em prática, os processos. Hoje tem coordenador metodológico, coordenador técnico das categorias sub-15 ao sub-20 e na de sub-11 ao sub-14. Temos um coordenador de análise de desempenho, um coordenador de análise de mercado, um coordenador de captação. Tem a coordenação científica dentro da parte de fisiologia e preparação física. Esses coordenadores sempre alinhados com o que a gente pensa sobre futebol. Existiu um investimento, Duílio entendeu bem que era necessário, foi feito e em pouco tempo vai transformar a base do clube.
Então a base ficou mais cara com a qualificação destes profissionais?
– Quando chegamos, aconteceram algumas demissões que já estavam definidas pela antiga diretoria. Houve uma redução inicial de folha salarial e depois houve um crescimento não tão substancial, com esses profissionais que chegaram, valorizados no mercado. Mostrei ao presidente que era um investimento necessário. E fomos reduzindo outros custos. Em logística do jogo nós tivemos redução. Acabamos com a concentração do sub-20 para os jogos em casa, agora só concentramos em viagem. O sub-17 também muitas vezes concentrava e não era tão necessário. Houve esse enxugamento.
– E tínhamos um excesso de jogadores, mandamos embora muitos, alguns tinham contrato profissional, então precisou fazer acordo, mas houve entendimento. Em todas as categorias, tiramos da folha. Você tem salário, bolsa, ajuda de custo para meninos de até 13 anos, tem o contrato de formação a partir de 14 anos. E colocamos uma limitação por categoria para qualificar o treino. Tinha categoria com 50 jogadores, não há como treinar, não dá para ter qualificação de treinos com tantos jogadores. Foi necessário um corte profundo. Em torno de 60 atletas foram embora.
Hoje a base tem quantos garotos?
– Não vou considerar até o sub-10, porque o sub-8 e sub-10 estão mais no futsal que no campo. Eles começam a fazer a transição a partir dos 10 anos. Então do sub-11 ao sub-20, consideramos 35 jogadores em cada idade. São, portanto, oito idades com 35 atletas cada (280 no total).
– Qualquer pessoa pode solicitar uma avaliação. Se um menino chegar aqui, ele pode se inscrever na avaliação. Temos um processo rígido. São três fases. São em torno de dez profissionais na captação. Alguns viajam pontualmente para ver alguma indicação ou assistir alguma competição fora. Temos todo um mapa de competições de base pelo Brasil, e eles viajam. No Brasileirinho Sub-14, que tinha clubes de formação jogando, mandamos quatro profissionais. Na BH Cup Sub-15 não valia a pena mandar tantos, pois eram grandes clubes que estavam jogando. Aqui dentro tem três fases. A primeira é para aqueles meninos que nunca jogaram, nunca tiveram preparação. Na segunda, entram os aprovados deste grupo 1 e meninos que já foram federados. E deste grupo, os que passam para a terceira fase são avaliados dentro do próprio elenco pela captação e pela comissão da categoria. Então existe um processo muito rígido tanto para a contratação da análise de mercado, que passa por muita gente, como para captação interna. Sobre apadrinhamento, é só para fazer avaliação. Para ser aprovado, precisa passar por todo esse processo e ter qualificação. Não há, nos clubes que eu trabalho, jogadores sem qualificação fazendo parte do elenco. Isso atrapalharia o trabalho.
Já consegue ver frutos do trabalho da atual gestão?
– Num clube como o Corinthians, faz parte da formação a vitória. O atleta que joga no Corinthians tem que ter o hábito de vencer. Queremos que façam finais ou semifinais para que a gente possa fazer grandes jogos. O sub-20 infelizmente não classificou no Brasileiro, mas tivemos um processo de recuperação desde que chegamos e quase conseguimos. O time é líder do Paulistão, o sub-17 nos dez primeiros jogos venceu dez, uma coisa difícil. O sub-15 conquistou a BH Cup em Minas, o sub-14 saiu nos pênaltis na semifinal da Copa Brasileirinho Sub-14 sem tomar gol na competição. É pouco tempo, mas já houve evolução na forma de jogar. Trabalhar a individualidade é importante, mas também é trabalhar a parte coletiva com metodologia, sabendo exatamente como joga o Corinthians, isso vai tornando uma transição de categorias mais tranquila. Até agora o resultado é positivo.
Recentemente, o clube teve problemas com as ajudas de custo da base. O que aconteceu? É um problema já resolvido?
– Está completamente resolvido, mas acho que houve um mal-entendido neste ponto. Cheguei depois, mas o clube tinha congelado pagamentos na pandemia, mas não dos contratos de formação. Muita gente confundiu essa ajuda de custo. Existe salário para quem tem contrato profissional a partir dos 16 ou 17 anos, CLT, tudo certinho. Existem contratos de formação a partir dos 14 anos, esses também precisam ser pagos. E existem os contratos de bolsa, que são ajudas de custo que o clube não tem obrigação nenhuma de pagar aos meninos de até 13 anos. Uma ajuda para que ele possa pegar um ônibus, fazer um lanche, comprar uma chuteira. Alguns clubes pagam, não há obrigatoriedade. Mas o presidente colocou em dia todo aquele atraso da pandemia, aqueles que tinham bolsa e contrato de formação, foi tudo pago. O contrato de formação, se não me engano, atrasou um mês só. Nada que prejudicasse o trabalho de um modo geral. Havia atraso na bolsa, mas está sanado, tudo acertado.
Qual o seu pensamento sobre contratações para uma categoria como a sub-20?
– Contratar é inevitável quando surge uma grande oportunidade, um grande jogador, pode acontecer. Ou quando há uma carência dentro da posição na base por alguma razão. O menino pode não ter se desenvolvido o suficiente, você pode identificar que com 15 ou 16 o menino não evoluiu, às vezes precisa trazer algum jogador para suprir essa carência. Na nossa gestão, trouxemos quatro jogadores.
E como foram as escolhas?
– Trouxemos o Giovane, que tem se destacado, foi uma oportunidade de mercado. Fizemos uma avaliação prévia e entendemos que era um jogador que poderia acrescentar muito para o sub-20, por empréstimo, com valor fixado (R$ 3 milhões). O goleiro Bruno Carcaioli é um 2002. Foi através de uma parceria. A gente tem dois goleiros 2001, há uma falha qualquer ali no processo. O outro goleiro é 2004. Temos que olhar muito o ano, a maturação do jogador. Entendíamos que precisávamos de dois goleiros 2002 ou 2003 para amadurecer mais ainda os goleiros 2004 que estão chegando na categoria. Temos a necessidade de mais um, mas não conseguimos ainda.
– Emerson Urso veio do Vasco, é um jogador 2001 que trouxemos para um empréstimo até o fim de janeiro de 2022, para reforçar o elenco da Copinha. Entendíamos que não tínhamos um jogador com a característica dele para ajudar numa necessidade, um jogador mais agudo. Tivemos a oportunidade, o Vasco não se interessou em exercer. Se ele se destacar, a gente vê o que faz, tem valor fixado (com o São Caetano). E teve o Marquinhos. É do Audax, foi para o Cruzeiro emprestado, não exerceram a compra, ele veio para fazer avaliação, ficou por um mês, e a comissão entendeu que poderia ser útil. Tem contrato curto, apesar de ser 2002. Pode ser importante para a Copinha.
Qual a sua relação com a parte política do clube? Sabemos que o conselheiro Jacinto Antônio Ribeiro, o Jaça, tem enorme influência na categoria. Como isso impacta no seu trabalho?
– É uma relação tranquila, eu não sou político, eu trabalho como executivo. Tenho uma relação muito boa com todas as correntes políticas dentro do clube, como sempre tive, com a imprensa, com torcedor. Procuro atender a todos. Osvaldo Neto é o nosso diretor, é a quem reporto as situações da base. Jaça é um conselheiro como outros que existem no clube, ouço todas as pessoas, a experiência deles no clube é importante, você escutar o que já aconteceu, como é, e como não é. Mas não existe nenhum tipo de interferência, digo com tranquilidade. A gente trabalha dentro do que propôs desde o início, quando o presidente me fez a proposta para vir.
-Todo mundo entende de futebol de alguma forma, mas tem pessoas que são mais influentes que outras. Conselheiros podem opinar, não tem problema nenhum. Jaça já foi diretor de base durante muito tempo, é um conselheiro importante no clube, tenho obrigação de escutá-lo. Ele e todos os conselheiros. Mas me reporto ao Neto. Não há interferência, existem opiniões que podem ser contestadas. Ninguém é dono da verdade. O próprio presidente debate assuntos comigo da base, mas de forma muito profissional. Dá uma opinião, mas se você demonstra tecnicamente que não é correto, isso é bem recebido.
No passado, clubes tentavam esconder as promessas. Hoje, é impossível. O Corinthians foi campeão da BH Cup com Pedrinho comendo a bola, um menino de 15 anos. Ele é hoje a principal joia desta base?
– Não dá para esconder mais ninguém (risos). Então, eu não gosto muito de destacar um jogador. O Corinthians não tem só o Pedrinho como grande destaque, tem outros grandes destaques acontecendo no sub-17, no próprio sub-15 tivemos jogadores que se destacaram na BH, no sub-20. Então, quem vai chegar lá no profissional e se destacar de fato como uma joia rara? Não gosto de apontar. Tem que ter bola de cristal. O que coloco na cabeça dos meninos é que eles precisam estar muito focados para chegar no profissional e fazerem acontecer.
– Não gosto de destacar ninguém, isso pode até tirar o foco do menino, ele entender que com 15 ou 16 anos ele já seja um jogador. Para mim, ele só é jogador quando bate no profissional e efetivamente realiza o que se espera dele. Ainda que não jogue no próprio clube, que jogue em outro. Mas não gosto de apontar um ou dois jogadores. O Corinthians tem jogadores muito bons. Pedrinho é um deles, mas depende de todos os outros para ir bem, e depende de foco, que ele adquira cada vez mais conhecimento para chegar ao profissional.
Contrato novo e "estreia" como titular em sua posição: Du Queiroz conquista espaço no Corinthians
De "mansinho", volante se firma no time e vem impressionando comissão técnica
As últimas semanas têm sido especiais para uma nova peça do Corinthians: o volante jovem Du Queiroz, de 21 anos. Elogiado pela comissão técnica e diretoria, aos poucos ele vai ganhando espaço entre os titulares da equipe e vive uma fase mágica no club.
Na vitória corinthiana da última segunda-feira, sobre Chapecoense, Du fez a primeira partida como titular em sua posição original, a de volante. Aproximou-se da área, protagonizou bons lances e deve ganhar mais minutos nas próximas rodadas. Fez também boa jogada no começo da partida, citada depois por Sylvinho em entrevista coletiva.
Ele já tinha sido titular em dois jogos, mas na lateral direita e participou de sete no total
Du, recentemente, renovou até o fim de 2024.
Desde o sub-13 no Corinthians, com o novo vínculo poderá completar dez anos de clube. No atual elenco, a briga para se tornar titular é boa, pois Sylvinho tem à disposição volantes com as mais diversas características para escolher jogo a jogo.

Os números de Du Queiroz em Corinthians 1x0 Chapecoense*:
55 passes certos (dois errados)
1 finalização certa (1 errada)
1 desarme
2 cruzamentos errados
2 interceptações certas
1 drible certo (1 drible errado)
*Números do Footstats.
1 finalização certa (1 errada)
1 desarme
2 cruzamentos errados
2 interceptações certas
1 drible certo (1 drible errado)
*Números do Footstats.
Corinthians, hoje,
Quarta-feira, 03/11
Tarde – Treino