Corinthians estréia técnico em majestoso para ampliar sequência invicta
Pereira deve manter a base do time que foi titular na vitória do Timão sobre o Bragantino na última rodada, com o 'quinteto fantástico' comandado por Giuliano, Paulinho, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian como titulares.
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sp x CORINTHIANS
paulista 2022/
Local: jd leonor
Data/Horário: 05/03/2022, às 16h
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza, Marcelo Carvalho Van Gasse e Alex Ang Ribeiro var Jose Claudio Rocha Filho
sp Tiago V; Rafinha, Arboleda, Miranda e Léo ou Reinaldo, Pablo, R Nestor e Gabriel; Rigoni, Marquinhos ou Eder e Calleri. Técnico: nogério Cenico
CORINTHIANS Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton; Du Queiroz, Renato Augusto, Giuliano e Paulinho; Willian e Róger Guedes. Técnico: Vítor Pereira.
Desfalques: Fábio Santos, Roni e Xavier (lesionados)
Corinthians treina, está praticamente escalado com alteração na lateral esquerda para poupar titular em estria de técnico português
O Corinthians não contará como lateral-esquerdo Fábio Santos, com um desconforto na região lombar, ficou em tratamento com a equipe de fisioterapia nesta sexta-feira, os volantes Xavier (lesão no músculo posterior da coxa esquerda) e Roni (dores no músculo posterior da coxa direita). Gabriel Pereira, em negociações, também está fora da partida.
O Corinthians acertou hoje com o jovem atacante Pedro, 16 anos, seu primeiro comtrato profissional.
O contrato de Pedro tem validade de três anos, tempo máximo permitido pela legislação para atletas menores de idade. O Timão ainda tem a preferência de renovação por mais dois anos. A multa para times do exterior é de 50 milhões de euros.
Com o contrato, o jogador recebe uma valorização financeira neste primeiro momento. Pedro também terá aumentos salariais anualmente.
– Hoje é um dia muito especial na minha vida e da minha família. Poder assinar meu primeiro contrato profissional por este clube gigante é uma realização que não consigo descrever em palavras. Só me cabe gratidão a todos que me ajudaram para realizar este sonho, e em especial ao Corinthians por acreditar no meu potencial e me dar está oportunidade – disse.
– Que seja o começo de uma história cheia de conquistas, alegrias e vitórias.
Pedro está desde os nove anos no Corinthians, passou pelo futsal do clube e sempre se destacou por fazer muitos gols e produzir jogadas de efeito. Acostumado a atuar com jovens mais velhos que ele, o garoto foi inscrito na última Copinha, e chegou a ser titular e fazer um gol.
Corinthians deve vender meia atacante Gabriel Pereira ao grupo city por R$ 25 milhões por parte dos 70% que tem direito e manter um percentual para lucrar em futura possível revenda
Direto do CT: Corinthians fecha preparação para majestoso, fora de casa
Técnico Vítor Pereira promoveu trabalho de finalizações e também bolas paradas ofensivas de olho no Majestoso deste sábado (05), às 16h
04/03/2022 19h30 Assessoria de Imprensa
Na tarde desta sexta-feira (04), no CT Dr. Joaquim Grava, o Corinthians concluiu a preparação para o primeiro Majestoso de 2022. Amanhã (05), às 16h, fora de casa
No Campo 4, os atletas participaram do aquecimento e de um trabalho de cruzamentos e finalizações. Depois, Vitor Pereira comandou uma atividade de bolas paradas ofensivas de olho na partida deste sábado (05).
Após o treino, os atletas realizaram trabalhos complementares de cobranças de pênaltis e faltas diretas, além de cabeceios e posicionamento defensivo.
Desfalques:
O lateral-esquedo Fábio Santos, com um desconforto na região lombar, permaneceu na parte interna do CT em tratamento com a equipe de fisioterapia, os volantes Xavier (lesão no músculo posterior da coxa esquerda) e Roni (dores no músculo posterior da coxa direita e o meia Gabriel Pereira, em negociação, treinou apenas fiscamente na parte interna e também não foi relacionado
Corinthians se concentra para majestoso de amanhã com 23 jogadores:
Goleiros: Cássio, Ivan e Matheus Donelli
Zagueiros: Gil, João Victor, Raul Gustavo e Robson
Corinthians apresenta técnico Vítor Pereira, que elogia qualidade do elenco e mira busca por títulos: "Ganhar é fundamental"
Treinador português foi apresentado nesta sexta-feira, na véspera de majestoso
Por Henrique Toth e Marcelo Braga —
04/03/2022 12h43
Na véspera de sua estreia pelo Corinthians, amanhã, fora de casa em um majestoso, o técnico Vítor Pereira foi apresentado no CT Joaquim Grava nesta sexta-feira, recebeu uma camisa das mãos da diretoria e falou de suas primeiras impressões do elenco, com o qual ele tem trabalhado desde segunda-feira.
– Já me diverti no treino ontem. Nós, treinadores, vamos modelando nosso jogo. Ir modelando o jogo é: nós temos ideias que começamos a trabalhar, começamos a estimular comportamentos no treino, mas a qualidade do jogador acrescenta. Por isso vamos modelando em cima da resposta deles. Coloco uma posse de bola aqui, e ela tem uma qualidade porque a técnica é alta. Isso me diverte. Jogadores de qualidade acrescentam nossas ideias.
– Já trabalhei em países que acontecia o contrário, chegava com a mesma posse, mas a qualidade dos jogadores era mais baixa, e o resultado do exercício era diferente. Então vamos modelando, aumentando ou diminuindo a dificuldade. Quem vai me dizer se vamos jogar um jogo de grande nível são os jogadores. Agora vamos ver as respostas deles. Ontem, me diverti – disse, mostrando-se satisfeito com o nível do time.
O técnico falou um pouco sobre o seu estilo de trabalho e o que espera conseguir no Corinthians:
– Tenho minhas ideias. Ao longo da minha carreira fui projetando uma metodologia de treino e um modelo de jogo, aquele jogo que gosto de ver. Mas ser treinador é mais do que isso. É chegar, avaliar bem o que temos e, depois, procurar colocar os jogadores confortáveis em seu jogo. Venho para organizar, junto com meu estafe e a comissão que já estava. O que nós pretendemos é criar um jogo que coloque os jogadores confortáveis nele, que vá de acordo com as características deles. É quase como organizar o jogo deles, organizar as qualidade que tenho à minha disposição. Vamos tentar encontrar um equilíbrio entre essa qualidade técnica, que existe no elenco, e a capacidade física.
– Quero um jogo que nos permita ter mais bola, sermos dominantes com posse, muita posse. Depois, para evitar correr para trás, precisamos ser agressivos na perda da bola. São dois momentos do jogo para evitar que essa equipe faça quilômetros e quilômetros andando para trás e depois para frente.
– Para já, títulos. Para além da qualidade do jogo, é importante ganhar. Eu gosto de ganhar com qualidade de jogo, mas ganhar é fundamental. Em um clube desta dimensão, com uma torcida enorme, é importante lutar e competir por títulos. Eu posso prometer muito trabalho em busca dos títulos
O treinador explicou o motivo de sua escolha pelo Corinthians:
– Eu já fui convidado para vir ao Brasil várias vezes. Eu sou um treinador dos detalhes táticos, dos detalhes estratégicos. O que me motiva é o lado técnico, tático e estratégico do jogo. A qualidade dos jogadores me motivam, e tenho certeza que aqui temos qualidade, temos um campeonato com qualidade. O que me estimula, também, é o tamanho do clube e da torcida, a paixão dos torcedores. E a insistência também, o lado emocional. A insistência do presidente, da diretoria, que me fez sentir querido, queriam muito que fosse eu. Depois comecei a me conectar com os torcedores, percebi que também queriam, então, mesmo antes de vir, senti que já havia uma ligação. Minha decisão foi por aí.
Vamos ver como superamos o desafio da Libertadores. Vamos competir, tornar a equipe mais forte, mais agressiva, com essas qualidade de ter a posse e reagir forte quando perder a bola, estarmos compactos, perceber os momentos do jogo. Temos que aguardar para ver o que esse Corinthians vai responder no futuro.
Vítor Pereira enfrentou jogadores como Paulinho, Renato Augusto, Róger Guedes e Gil na China. Wilian, com uma carreira consolidada na Europa, é outro nome que o jogador tem familiaridade:
– Conheço muito bem alguns jogadores, já enfrentei várias vezes na China. Lá renovei o contrato ano a ano. E já vou explicar o motivo. Em relação aos jogadores, já conheço alguns, jogadores de qualidade. Muitos deles conheço de ver jogar pela televisão. Mas já tive muitas experiências engraçadas no futebol, onde temos uma visão de um atleta, e quando começamos a trabalhar com ele, o jogador manifesta coisas que nunca vimos ele fazer. Essa fase é de avaliação para mim, apesar de conhecer as características de muitos deles. O jogo é sempre feito de intenções. O treinador tem que chegar com determinados tipos de intenções, depois de fazer uma avaliação do elenco. Muitas vezes o jogador surpreende negativamente ou positivamente, então estou nessa fase de avaliação
Veja mais tópicos da entrevista:
Adaptação ao Brasil
– Xangai tem 25 milhões de habitantes, Istanbul também tem 20 milhões, são cidades grandes. Mais do que a cidade, é nos adaptarmos à cultura. Acredito que é mais fácil adaptar no Brasil do que na China. Culturalmente temos muitas coisas em comum. A língua é fácil de nos entendermos. Aqui, a grande adaptação e dificuldade será o clima. Em termos de intensidade do jogo, gosto de um jogo intenso, mas de qualidade. Podemos confundir intensidade do jogo com qualidade. Podemos ter um jogo intenso sem qualidade, e um jogo intenso com qualidade. Eu pretendo a segunda opção. Acredito que o clima, o calor, afeta um pouco essa intensidade. Mas os jogadores estão mais habituados do que eu com o calor, e vamos treinar para nos adaptarmos. A dificuldade será as grandes viagens, a densidade competitiva.
Estreia em clássico
– Confesso que sou um treinador de grandes jogos. Os grandes jogos são os que me estimulam. Em Portugal ganhamos dois títulos, temos os clássicos com Benfica e Sporting, e nós ganhamos duas vezes, em duas temporadas, com uma derrota. Não é fácil. Na Grécia há aqueles clássicos que são muito quentes. Tenho algumas experiências lá. Sou um treinador emocional, vivo as coisas com emoção. Na Turquia também têm clássicos (risos). Podia escrever um livro com essas experiências. A única diferença é que nunca joguei um clássico com três dias de treino, chegar e ir para o clássico. É uma experiência nova. Quando assumi o Porto, meu primeiro jogo foi contra o Barcelona pela Supercopa da Europa. Tinha um peso enorme. É natural. O clássico tem um significado enorme para a torcida.
Trabalhar com jogadores da base
– Fiz minha formação como treinador na base do Porto. Tive cinco anos em várias funções. Treinar é também ensinar. Podemos ensinar jovens de vinte anos, como podemos ensinar os mais experientes. Há sempre detalhes, coisas importantes que se vão transmitindo. Eu gosto muito de trabalhar com os jovens. É mais fácil de montar, não precisa desmontar, não há o processo de desmontar para remontar. O experiente, às vezes, já tem coisas definidas. Aí precisamos fazer uma limpeza, alterar algumas coisas, um processo mais difícil do que com jogadores mais novos. Aprendem depressa, estão focados em evoluir, por isso gosto muito de trabalhar com eles. Falta a experiência dos mais velhos, mas é nesse equilíbrio dos mais experientes e mais jovens que se constrói uma equipe forte.Priorizar competições
– A densidade competitiva é grande. Eu gosto muito de trazer jogadores da base para completar treinos na semana, sempre tive essa preocupação nos clube que passei. Estou avaliando. Depois de avaliar o que temos, aí sim estarei mais apto para entender as necessidades. Preciso de um pouquinho mais de tempo.
Paixão da torcida
– Sou uma pessoa obcecada por futebol, com uma paixão enorme. E essa paixão que, muitas vezes, me transforma em um animal competitivo. Eu quero ganhar sempre. Não deixo nem meus filhos ganharem, não facilito para eles ganharem, isso não é educação. Me habituei, desde criança, a competir por tudo. E sou emocional. Quando se junta na mesma pessoa, em um ambiente de paixão como o futebol, a paixão e a competitividade, isso ultrapassa um pouquinho, há momentos de desequilíbrio.
Torcida do Corinthians
– O que me disseram ao longo da negociação, conversei com Duilio, Roberto, Alessandro, é sobre o caráter da torcida. Caráter de gente que vive o futebol como se fosse sua própria vida, que vive o clube como se mais nada existisse, fazendo o clube como sua família. É uma torcida que apoia, apoia e cobra. Cobram quando nós não somos iguais a nós mesmos, quando não damos tudo em campo, e o nosso compromisso é dar tudo dentro de campo. Os jogadores, nós da comissão. O que eu vi confirmou o que me disseram. Eles estão ali para apoiar. No fim, se cobrarem, é porque não gostaram. Se não gostaram, é porque não demos tudo. Aí eles têm o direito de cobrar. E é com essa cobrança que eu sou normal. Nos clubes, quando começo a sentir conforto, deixo de estar em estado de alerta. Preciso desse estado para ter a minha melhor versão como treinador
Corinthians apresenta novo técnico, Vítor Pereira, oficialmente
Novo comandante alvinegro concedeu sua primeira entrevista coletiva como técnico do Timão
04/03/2022 14h14 Agência Corinthians
Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians
No início da tarde desta sexta-feira (4), o Corinthians apresentou oficialmente Vítor Pereira, o mais novo treinador para a temporada 2022. O técnico português falou com a imprensa pela primeira vez em entrevista coletiva já no novo cargo.
Após receber a camisa corinthiana, o comandante iniciou a coletiva falando sobre seu estilo de jogo, mesclando a capacidade técnica e física da equipe.
"Essa é a minha praia, falar de futebol e do jogo. Eu tenho minhas ideias. Ao longo da minha carreira fui projetando uma metodologia de treino e um modelo de jogo, aquele jogo que gosto de ver. Mas ser treinador é mais do que isso. É chegar, avaliar bem o que temos e, depois, procurar colocar os jogadores confortáveis em seu jogo. Eu venho para organizar, junto com meu estafe e a comissão que já estava. O que nós pretendemos é criar um jogo que coloque os jogadores confortáveis nele, que vá de acordo com as características deles. Vamos tentar encontrar um equilíbrio entre essa qualidade técnica, que existe no elenco, e a capacidade física também”, afirmou.
Questionado sobre o que entende como ideal no futebol, Vítor Pereira destacou a posse de bola e domínio do jogo: “Jogar um jogo que nos permita ter mais bola, sermos dominantes com a posse, muita posse. Depois, para evitar correr para trás, precisamos ser agressivos na hora da perda da bola. São dois momentos do jogo para evitar que essa equipe faça quilômetros e quilômetros andando para trás e depois para frente", destacou o treinador.
O português também citou que sua intenção é extrair o melhor de cada peça do elenco que terá em mãos: "Já sou treinador há muitos anos. Treinei em muitos níveis diferentes, jogadores do topo, de menor qualidade, mas sempre tirando o máximo deles. E esse é o nosso objetivo aqui”, pontuou.
Para finalizar, o treinador destacou o que pretende deixar como legado nesta sua passagem pelo Corinthians: "O que eu gostaria de deixar? Para já, títulos. Para além da qualidade do jogo, é importante ganhar. Eu gosto de ganhar com qualidade de jogo, mas ganhar é fundamental. Em um clube desta dimensão, com uma torcida enorme, é importante lutar e competir por títulos. Eu posso prometer muito trabalho em busca dos títulos", concluiu.
Corinthians apresenta técnico Vítor Pereira:
Qual legado gostaria de deixar?
Vítor Pereira: "O que eu gostaria de deixar? Para já, títulos. Para além da qualidade do jogo, é importante ganhar. Eu gosto de ganhar com qualidade de jogo, mas ganhar é fundamental. Em um clube desta dimensão, com uma torcida enorme, é importante lutar e competir por títulos. Eu posso prometer muito trabalho em busca dos títulos".
Vitor Pereira assinou o contrato definitivo com o Corinthians agora pela manhã. Assim, será registrado na CBF e deve sair no BID até às 19h para estrear amanhã
Esquema com três zagueiros passa na sua cabeça?
Vítor Pereira: "Para mim tudo é possível. Eu posso defender num 4-3-3, por exemplo, projetar só um lateral, manter o outro baixo, abrindo um ponta, já não é mais o mesmo esquema. Imaginamos que enfrentemos uma equipe que joga com muita largura. Eu peço a um dos pontas para fechar na linha de quatro, já é uma linha de cinco, 5-4-1. Ou seja, os sistemas são só um ponto de partida. Depois, podemos transformar o sistema em cima do que pretendemos em cima dos termos ofensivos e defensivos. Futebol já não é aquela coisa de manter o mesmo sistema de sempre. Podemos transformar os sistemas a partir da dinâmica que queremos no jogo".Jogadores do elenco que conhece da China
Vítor Pereira: "O Paulinho realmente fazia muita diferença, mas fomos nós que roubamos o título do Guanghzou, que vencia o campeonato lá durante sete anos. Eu já tinha uma admiração muito grande por ele na China. Ele tem o caráter, é aquele tipo de jogador que não consegue jogar mal, é daqueles que aparece nos grandes jogos. O Renato também era muito isso na China. Nós tínhamos grandes estrangeiros e brasileiros. O SIPG só tem dois títulos, nós ganhamos. Mas é isso, é esse caráter de aparecer. Aquilo que eu avalio na equipe é que temos jogadores que, neste tipo de jogo, não tremem, querem a bola para assumir a responsabilidade. Agora é uma questão de equilibrar a dimensão tática com a física, encontrar um jogo que não os desgaste tanto. Com tantos jogos, precisamos de gente capaz de entrar e responder de igual forma".
Demanda tempo?
Vítor Pereira: "Depende da experiência do treinador. Um treinador mais experiente consegue direcionar o treino, consegue mudanças mais rapidamente. No meu início de carreira experimentei muito, hoje já não preciso experimentar muito, fui me dando um feedback direcional ao jogo que quero. E depende também da resposta dos jogadores. Não só a qualidade técnica, mas também a cultura tática, a capacidade que temos de entender o jogo. Se tivermos gente com capacidade de entender o jogo, o processo é mais rápido. Se tivermos muita gente em fase de aprendizagem, o processo é mais lento. É o estimulo do que o treinador vai propondo e a resposta que os jogadores vão dando. É o tal bolo, você cozinha mais depressa ou mais devagar".Vítor Pereira: "Foi bom ver o jogo ao vivo, e um jogo já desta dimensão, contra o Bragantino, uma equipe boa e organizada. Avaliamos o jogo. Nossa dinâmica de trabalho é sempre essa. Fazemos um vídeo compacto sobre o jogo anterior, aquilo que fizemos bem, o que não fizemos, o que precisamos melhor, e é com base neste vídeo que vou trabalhar os treinos na semana. E começamos também a colocar um pouquinho de estratégia em cima do adversário da semana seguinte. Começamos a semana com o vídeo do jogo anterior, vemos as coisas positivas e negativas. Depois, começamos a preparar o adversário seguinte, há outra parte do estafe já preparando. Vamos fazer um perfil do próximo adversário"Tentando fazer uma radiografia, entender o que eles têm de bom e de ruim, para dar uma resposta, no sentido de estratégia, para o próximo adversário. Esta semana começamos este processo."
Sobre a torcida
Vítor Pereira: "O que me disseram ao longo da negociação, conversei com Duilio, Roberto, Alessandro, é sobre o caráter da torcida. Caráter de gente que vive o futebol como se fosse sua própria vida, que vive o clube como se mais nada existisse, fazendo o clube como sua família. É uma torcida que apoia, apoia e cobra. Cobram quando nós não somos iguais a nós mesmos, quando não damos tudo em campo, e o nosso compromisso é dar tudo dentro de campo. Os jogadores, nós da comissão. O que eu vi confirmou o que me disseram. Eles estão ali para apoiar. No fim, se cobrarem, é porque não gostaram. Se não gostaram, é porque não demos tudo. Aí eles têm o direito de cobrar. E é com essa cobrança que eu sou normal. Nos clubes, quando começo a sentir conforto, deixo de estar em estado de alerta. Preciso desse estado para ter a minha melhor versão como treinador".
Vítor Pereira: "Há expectativa em relação ao elenco, mas eles precisam se provar. Ganharam muito, mas está no passado. Eu também ganhei no passado, mas quero continuar ganhando, provar que posso continuar ganhando. É um desafio diário para chegarmos ao jogo e provarmos que continuamos com vontade, que o que nos faz andar é ganhar. Esse é o espírito que quero na minha equipe".
Sobre Luan
Vítor Pereira: "Luan está em recuperação. Quando estamos em recuperação, dependemos de nós mesmos para recuperar. A força de uma pessoa, do caráter de uma pessoa, vem muito mais de dentro do que de fora. Aprendi isso cedo na minha vida. Ou seja, o Luan precisa se encontrar com ele mesmo, em acreditar nele mesmo. Eu conheço ele há muitos anos, já estive para levá-lo para a Europa. Mas não é o treinador que vai transmitir essa força, ela tem que ser encontrado dentro de nós. Já tive momentos de queda na minha vida, coisas que me marcaram como a morte do meu pai, mas a força para reagir fui buscar aqui dentro. É a única forma. O Luan tem que fazer isso. Qualidade ele tem, muita qualidade, então é questão de ele se encontrar, perceber que as pessoas estão aqui para ajudá-lo".
Sobre a torcida do Corinthians
Vítor Pereira: "Sou uma pessoa de relacionamento fácil. Sou uma pessoa de origens humilde, de fácil acesso, que gosta de sua privacidade. Tenho muito trabalho a fazer, muito o que estudar, muitos jogos para ver, muitos jogadores para analisar, então não é por falta de educação que me isolo. Sou uma pessoa obcecada por futebol, com uma paixão enorme. E essa paixão que, muitas vezes, me transforma em um animal competitivo. Eu quero ganhar sempre. Não deixo nem meus filhos ganharem, não facilito para eles ganharem, isso não é educação. Me habituei, desde criança, a competir por tudo. E sou emocional. Quando se junta na mesma pessoa, em um ambiente de paixão como o futebol, a paixão e a competitividade, isso ultrapassa um pouquinho, há momentos de desequilíbrio."
Vítor Pereira: "Sou um animal lá dentro de campo. Mas depois, quando acaba o trabalho, sou o Vítor, sou tranquilo, tenho valores morais. Reajo mal a quem me desrespeita em termos de valores. Aí sim reajo mal, porque fui educado com valores em uma família humilde, de respeito, de honestidade, de verdade. Tudo que é mentira, falta de caráter, me choca e me torna reativo. Vocês já viram alguns momentos, e foi porque as pessoas não me respeitaram, aí viro o bicho. Mas também já tenho mais experiência, consigo perceber que a intenção é provocar, aí lido melhor".
Vítor Pereira: "Aproveito para agradecer ao Fernando, ao Sylvinho, pelo trabalho que fizeram. O Fernando nesta transição conseguiu resultados, vamos ver se consigo manter o nível (risos). Mas também tenho ele ao meu lado, vou poder contar com ele, uma excelente pessoa e conhecedor. Sobre mudanças, de fato podemos mudar ao melhorar comportamentos sem mexer em nada. Por exemplo, o sistema pode ser o mesmo com dois treinadores, mas a dinâmica pode ser completamente diferente. Posso jogar num 4-4-2 e defender em um bloco baixo, esperar para o contra-ataque. Posso jogar num 4-4-2 agressivo, que não permite o adversário sair do meio-campo, dominador com a bola. Dinâmicas diferentes."
Vítor Pereira: "Eu cheguei, claro que não vai ser em três dias de treino, com os titulares se recuperando, que eu posso esperar que haja uma mudança. Eu tenho que analisar o que foi bem feito e o que posso estimular. Temos que ir devagar, colocando os pés no chão, percebendo o que eles podem nos dar. Precisamos de um pouquinho de tempo. Não farei grandes mudanças. Já começamos a estimular os comportamentos, então vamos ver se conseguimos ver nuances no campo daquilo que pretendemos."
Nossa escola portuguesa vai um pouco nessa linha de imprimir intensidade, mas uma intensidade com qualidade. Se for uma intensidade de ganhar, perder, ganhar e perder a bola, não é qualidade. Se ganhamos a bola e perdemos ela, não temos qualidade, precisamos ficar com ela. Quem tem que marcar o ritmo do jogo somos nós. Eu trabalho todos os dias para dominar o jogo com a bola. Esse é um padrão das minhas equipes: ter a bola, sermos fortes no momento de transição defensiva, sermos agressivos quando perdermos a bola, evitar correr para trás, ter um bloco mais agressivo e organizado. Não gosto de marcação individual, não gosto de corridas desnecessárias, quero uma pressão organizada e agressiva."
Pretende priorizar alguma competição? Satisfeito com a quantidade de atletas no elenco?
Vítor Pereira: "Quero uma transição ofensiva agressiva, rápida, mas uma equipe inteligente que perceba quando não dá para fazer o contra-ataque, é o momento de dominar o jogo com a bola. Essa é a intenção do nosso treino, desde o primeiro até ontem. A equipe vai chegar em um momento com essa identidade. Intenção de ter a bola, dominar, marcar o ritmo do jogo, saber quando acelerar e quando desacelerar, uma equipe que gosta de ter a bola para construir com inteligência. No momento em que perdermos a bola, temos que ter essa vontade imediata de retomar, atacar o portador da bola, e vamos ver isso no Corinthians daqui algum tempo. Depois, intenção de um contra-ataque rápido, intencional, em determinadas zonas, quando for possível. Quando não for possível, desacelerar e voltar a dominar com a posse. São comportamentos que estimulamos".
Vítor Pereira: "Estou convencido de que, mais para frente, essa será a matriz do jogo do Corinthians, independente do adversário".
Vítor Pereira: "A densidade competitiva é grande. Eu gosto muito de trazer jogadores da base para completar treinos na semana, sempre tive essa preocupação nos clube que passei. Estou avaliando. Depois de avaliar o que temos, aí sim estarei mais apto para entender as necessidades. Preciso de um pouquinho mais de tempo".
Sobre a busca por um centroavante
Vítor Pereira: "Todo o mundo quer um centroavante que faça muitos gols. A diretoria está trabalhando, estamos avaliando o que temos, temos qualidade. Certeza que, em breve, teremos novidades em relação ao centroavante".
Sobre os jovens do Corinthians
Vítor Pereira: "Fiz minha formação como treinador na base do Porto. Tive cinco anos em várias funções. Treinar é também ensinar. Podemos ensinar jovens de vinte anos, como podemos ensinar os mais experientes. Há sempre detalhes, coisas importantes que se vão transmitindo. Eu gosto muito de trabalhar com os jovens. É mais fácil de montar, não precisa desmontar, não há o processo de desmontar para remontar. O experiente, às vezes, já tem coisas definidas. Aí precisamos fazer uma limpeza, alterar algumas coisas, um processo mais difícil do que com jogadores mais novos. Aprendem depressa, estão focados em evoluir, por isso gosto muito de trabalhar com eles. Falta a experiência dos mais velhos, mas é nesse equilíbrio dos mais experientes e mais jovens que se constrói uma equipe forte."
As tradições não entram em campo. A história já passou. Os títulos que ganhamos já ficaram para trás, agora é preciso olhar para frente e construir uma equipe forte. Claro que gostaria de mais dias de trabalho para mudar alguma coisa como quero, mas tivemos esses dias e vamos para o clássico com o objetivo de vencer. vamos para ganhar".
Vítor Pereira: "Confesso que sou um treinador de grandes jogos. Os grandes jogos são os que me estimulam. Sou um treinador emocional, vivo as coisas com emoção. Na Turquia também têm clássicos (risos). Podia escrever um livro com essas experiências. A única diferença é que nunca joguei um clássico com três dias de treino, chegar e ir para o clássico. É uma experiência nova. Quando assumi o Porto, meu primeiro jogo foi contra o Barcelona pela Supercopa da Europa. Tinha um peso enorme. É natural. O clássico tem um significado enorme para a torcida."
O que te estimula no Brasil?
Vamos ver como superamos o desafio. Vamos competir, tornar a equipe mais forte, mais agressiva, com essas qualidade de ter a posse e reagir forte quando perder a bola, estarmos compactos, perceber os momentos do jogo. Temos que aguardar para ver o que esse Corinthians vai responder no futuro".
Vítor Pereira: "Eu já fui convidado para vir ao Brasil várias vezes. Eu sou um treinador dos detalhes táticos, dos detalhes estratégicos. O que me motiva é o lado técnico, tático e estratégico do jogo. A qualidade dos jogadores me motivam, e tenho certeza que aqui temos qualidade, temos um campeonato com qualidade. O que me estimula, também, é o tamanho do clube e da torcida, a paixão dos torcedores. E a insistência também, o lado emocional. A insistência do presidente, da diretoria, que me fez sentir querido, queriam muito que fosse eu. Depois comecei a me conectar com os torcedores, percebi que também queriam, então, mesmo antes de vir, senti que já havia uma ligação. Minha decisão foi por aí. "
Adaptação sua e da sua comissão técnica
Vítor Pereira: "Vou reformular minha metodologia de treino no sentido de trabalhar, mas sem carga. Muitas vezes vou ter que trabalhar os aspectos táticos e estratégicos sem carga, já que os jogadores precisam se recuperar. Esse é o desafio, e eles me estimulam. Quando me sinto desafiado, normalmente, é por aí que vou".
Adaptação sua e da sua comissão técnica
Vítor Pereira: "Xangai tem 25 milhões de habitantes, Istanbul também tem 20 milhões, são cidades grandes. Mais do que a cidade, é nos adaptarmos à cultura. Acredito que é mais fácil adaptar no Brasil do que na China. Culturalmente temos muitas coisas em comum. A língua é fácil de nos entendermos. Aqui, a grande adaptação e dificuldade será o clima. Em termos de intensidade do jogo, gosto de um jogo intenso, mas de qualidade. Podemos confundir intensidade do jogo com qualidade. Podemos ter um jogo intenso sem qualidade, e um jogo intenso com qualidade. Eu pretendo a segunda opção. Acredito que o clima, o calor, afeta um pouco essa intensidade. Mas os jogadores estão mais habituados do que eu com o calor, e vamos treinar para nos adaptarmos. A dificuldade será as grandes viagens, a densidade competitiva."
Eu tenho tomado algumas decisões na minha vida que são muito intuitivas, emocionais. Para me convencer, é preciso apelar um pouco ao meu sentimento. Fui para lá com dois anos de contrato, e no final do primeiro quis ir embora e paguei um ano de multa. Então nunca mais voltei a fazer contratos de longa duração. Preciso chegar no final da temporada e ver se estou feliz, se o clube está feliz comigo. Se todos estiverem satisfeitos, se houver essa sintonia, não há problema nenhum e renovamos o contrato. Se o clube não se sentir feliz comigo, vamos cada um para o seu lado. Não quero estar em um clube contrariado, e nem que o clube fique comigo contrariado".
Quem já conhecia desse elenco?
Vítor Pereira: "Conheço muito bem alguns jogadores, já enfrentei várias vezes na China. Lá renovei o contrato ano a ano. E já vou explicar o motivo. Em relação aos jogadores, já conheço alguns, jogadores de qualidade. Muitos deles conheço de ver jogar pela televisão. Mas já tive muitas experiências engraçadas no futebol, onde temos uma visão de um atleta, e quando começamos a trabalhar com ele, o jogador manifesta coisas que nunca vimos ele fazer. Essa fase é de avaliação para mim, apesar de conhecer as características de muitos deles. O jogo é sempre feito de intenções. O treinador tem que chegar com determinados tipos de intenções, depois de fazer uma avaliação do elenco. Muitas vezes o jogador surpreende negativamente ou positivamente, então estou nessa fase de avaliação".
"Agora é uma questão de ajustar a qualidade e os limites físicos, procurar um jogo que não nos desgaste muito no quesito físico. Temos jogadores experientes, então temos que procurar esse jogo".
Vítor Pereira: "Eu já me diverti no treino ontem. Nós, treinadores, o modelo que construímos, por isso que digo que vamos modelando nosso jogo. Ir modelando o jogo é: nós temos ideias que começamos a trabalhar, começamos a estimular comportamentos no treino, mas a qualidade do jogador acrescenta. Por isso vamos modelando em cima da resposta deles. Coloco uma posse de bola aqui, e ela tem uma qualidade porque a técnica é alta. Isso me diverte. Jogadores de qualidade acrescentam nossas ideias. Já trabalhei em países que acontecia o contrário, chegava com a mesma posse, mas a qualidade dos jogadores era mais baixa, e o resultado do exercício era diferente. Então vamos modelando, aumentando ou diminuindo a dificuldade. Quem vai me dizer se vamos jogar um jogo de grande nível são os jogadores. Agora vamos ver as respostas deles. Ontem me diverti"
Tenho, por princípio, que competência não tem nacionalidade, não tem idade. Conheço treinadores mais velhos e mais jovens com muita qualidade. Não tem cor. Competência ou você tem ou você não tem. A vinda de treinadores estrangeiros, eu se fosse técnico brasileiro, encararia de uma forma como oportunidade de perceber coisas novas. Vir para cá é um desafio no sentido de perceber a realidade do Brasil, de aprender com os treinadores brasileiros. Acredito que vou trazer alguma coisa nova com o nosso trabalho, algum upgrade ao futebol brasileiro. Se eu fosse brasileiro, seria uma oportunidade ver treinadores de outros países trabalhar. E para nós é uma experiência de jogar de três em três dias, muita competição, jogadores de qualidade".
O que entende como ideal no futebol? E como avaliou o que tem em mãos?
Vítor Pereira: "Essa é a minha praia, falar de futebol e do jogo. Eu tenho minhas ideias. Ao longo da minha carreira fui projetando uma metodologia de treino e um modelo de jogo, aquele jogo que gosto de ver. Mas ser treinador é mais do que isso. É chegar, avaliar bem o que temos e, depois, procurar colocar os jogadores confortáveis em seu jogo. Eu venho para organizar, junto com meu estafe e a comissão que já estava. O que nós pretendemos é criar um jogo que coloque os jogadores confortáveis nele, que vá de acordo com as características deles. É quase como organizar o jogo deles, organizar as qualidade que tenho a minha disposição. Vamos tentar encontrar um equilíbrio entre essa qualidade técnica, que existe no elenco, e a capacidade física também."
Corinthians, hoje,
Sexta-feira, 04/03
Tarde – Treino
Há exatos 13 anos, Corinthians vencia itumbiara por 2x0 em estréia de Ronaldo
Há exatamente 13 anos, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial vestia o manto alvinegro pela primeira vez. No dia 4 de março de 2009, no estádio Juscelino Kubitschek, em Itumbiara-GO, Ronaldo Fenômeno estreou pelo Corinthians em partida contra o Itumbiara, pela Copa do Brasil.
Ronaldo começou como opção no banco de reservas do então técnico Mano Menezes por ainda não apresentar condições físicas de suportar o jogo inteiro. Aos 22 minutos do segundo tempo, quando o Corinthians já vencia o Itumbiara por 2 a 0, o Fenômeno substituiu o também atacante Souza e entrou em campo com o manto alvinegro pela primeira vez.
Na estreia – que terminou em 2 a 0 –, Ronaldo não teve grande desempenho, mas a sua história no Corinthians foi fenomenal: gol no Derby logo na partida seguinte e um total de dois títulos conquistados (Paulistão de forma invicta e Copa do Brasil – ambos em 2009), 35 tentos anotados e 69 partidas disputadas.