27 de set. de 2013

Colecionador reúne história do Corinthians em um acervo de mais de 600 camisas

17h 27/09/2013 - EspeciaisAgência Corinthians
 

© Divulgação
Clique na foto e veja a galeria de fotos da coleção no Facebook do Corinthians
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Em um restaurante na Zona NortE, há um acervo histórico que faz qualquer corinthiano ficar de boca aberta. Parte dos 103 anos do Sport Club Corinthians Paulista pode ser relembrado pela extensa coleção de camisas de Homero César Rodrigues, dono do estabelecimento, 69 anos, torcedor fanático que esteve na Invasão Corinthiana ao Maracanã de 1976 e de 2000, na final da Libertadores de 2012 na Bombonera, em Buenos Aires (ARG), e na conquista do Bi Mundial de Clubes da FIFA de 2012, no Japão. São mais de 600 camisetas das mais variadas épocas, estilos, números, patrocínios, tudo o que imaginar. Uma história contada por meio dos mantos utilizados pelo Timão.
O acervo de camisas está localizado em um espaço no fundo do restaurante. Ao entrar no lugar, ainda no térreo, o primeiro espaço possui itens da história recente do Corinthians. Dois manequins com o uniforme usado na Libertadores com os rostos de Emerson e Cássio, camisetas usadas pelo time em 2013, os ingressos para o Mundial de Clubes da FIFA 2012 e para a final da Libertadores de 2012 na Bombonera, luvas, chuteiras, bolas de jogo, quadros e pôsteres. A sala inicial já faria qualquer corinthiano ficar impressionado. Mas a melhor parte é guardada em um segundo recinto, no andar de cima.
Após subir as escadas e passar por um espaço externo – obviamente com a bandeira do Corinthians com decoração –, uma porta dá acesso à história do clube do Parque São Jorge. Centenas de mantos utilizados pelo Timão em partidas, dos mais variados modelos. A maioria é dos anos 80 até os tempos atuais, mas também há camisas dos anos 50, 60 e 70. A mais antiga é da década de 50, que foi utilizada pelo zagueiro Homero, xará do colecionador.
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A camisa mais antiga do acervo, usada pelo zagueiro Homero na década de 50
As camisas são separadas por épocas, e cada peça é única. Em uma prateleira, diversos mantos de 2011, com vários números, nomes e ações, como a homenagem à despedida de Ronaldo e o apoio à Lei Maria da Penha, por exemplo. Em outra, todas de 2012, incluindo as usadas na final da Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA. Também há prateleiras com camisetas de década de 80 (destaques para as utilizadas na Democracia Corinthiana e no bicampeonato paulista de 1982 e 1983), década de 90 e as mais antigas, de vários patrocínios e estampas. Em uma mesa de jantar enorme, os manequins ficam nas cadeiras apenas com camisas de goleiro, de várias temporadas. Tem até uniforme antigo do basquete.
Um acervo que faz quem visita ter as reações mais diversas. Surpreso, espantado, impressionado. Já houve quem chorou ao ver tanta história traduzida em camisas.
De acordo com Homero – o colecionador, que virou corinthiano nos anos 50 graças à família, que costumava o levar ao Pacaembu –, o espaço estava vazio. Quando achou 15 camisetas em uma caixa, mandou lavar e, há cerca de três anos, decidiu guardá-las no restaurante dele. Para complementar a coleção, passou a procurar outras camisas usadas em jogos do Corinthians. Muito por conta de seu hobby de colecionar os itens mais diversos, como garrafas de Coca-Cola, cervejas, desde pequeno.
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São mais de 600 camisas dos mais diversos modelos guardadas em uma sala do restaurante do colecionador
Quando começou a coleção de camisas, Homero não imaginava chegar a este acervo tão rico. O colecionador contou como fez para conseguir cada manto. Da maneira mais moderna possível. “Tenho muitos amigos que me trazem camisas, mas a maioria eu comprei pelo Mercado Livre”, falou. Para colocar cada nova aquisição em um espaço tão lotado, o colecionador tem a solução. “Cada vez mais eu viro o manequim”, disse.
De todas as mais de 600 camisas, Homero não tem a mais especial para ele, como se fosse todos filhos dele. Perguntado sobre a mais difícil, tem a resposta na ponta da língua. “São as que eu não tenho”, afirmou. E por incrível que pareça, ainda existem itens que o torcedor não possui em sua coleção. Camisas como a listrada com “Dia 15 Vote” nas costas, a também listrada com “A Caminho do Tri” e a com patrocínio da Kalunga com o logo de três penas de caneta.
Mesmo sem esses modelos, trata-se de um dos maiores acervos de camisas do Corinthians do país. Mas Homero não se considera o maior colecionador de todos. “O Brasil é muito grande, a gente nunca imagina se alguém tem mais ou menos. Mas eu não faço competição, eu faço isso porque gosto”, concluiu.
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Há camisas com números, nomes, patrocínios e ações diversas. Cada peça é única
O amor pelo Corinthians pode ser traduzido de várias maneiras. O de Homero é por essa coleção. Em um país que costuma não celebrar o passado, conservar a rica história do clube, por meio de quase todas as suas camisas, é mais do que louvável. A nação corinthiana certamente te agradece, Homero.