27/01/2011 - 09h00
Torcida se inspira em La Bamba para apoiar, mas não poupa Corinthians de vaias
Um canto inspirado na música La Bamba foi a novidade dos torcedores para a estreia do Corinthians na Copa Libertadores, na noite da última quarta-feira. Entretanto, as mais de 28 mil pessoas que compareceram ao Pacaembu deixaram o estádio decepcionados com o empate por 0 a 0 diante do Deportes Tolima, da Colômbia, e não pouparam a equipe alvinegra de vaias.
Já utilizada durante partidas do Campeonato Paulista, a nova música dos corintianos debutou no torneio continental minutos depois de os jogadores entrarem em campo...
“Louco por ti, Corinthians,
Louco por ti, Corinthians,
És minha vida, és minha razão.
Porque eu sou maloqueiro,
porque eu sou maloqueiro,
Sou Coringão,
Sou Coringão,
Sou Coringão!
Vai, Corinthians!
Vai, Corinthians!”
No primeiro tempo, os comandados de Tite foram pouco produtivos e quase não ameaçaram o goleiro Anthony Silva. O time brasileiro ainda contou com uma mãozinha da arbitragem chilena, que anulou equivocadamente um gol de Murillo, por impedimento.
Já na saída para o intervalo surgiram as primeiras vaias de parte da torcida.
No segundo tempo, o Corinthians continuou mal em campo. Nos minutos finais, pressionou o Tolima, embalado pelos aficionados. Ronaldo, Chicão, Danilo, Jucilei e Jorge Henrique tentaram o gol, porém sem sucesso.
Após o apito final, os torcedores não perdoaram o fiasco em casa, e a vaia ecoou fortemente no estádio municipal. Na próxima quarta-feira, acontece o duelo de volta, na cidade colombiana de Ibagué, e o time paulista precisa de um empate com gols para se classificar à fase de grupos da Libertadores.
uestionado sobre os protestos, Tite minimizou: “Vejo com respeito. O técnico tem de saber interpretar. A pergunta é sua [repórter], e já tenho experiência para respeitar o torcedor, porque ele tem o direito de criticar por querer a vitória.”
“Pelo menos o torcedor comparece, incentiva, sabe quando o time luta. Quando as coisas não vão bem, o torcedor cobra, mas quem mais cobra somos nós mesmos”, apontou Roberto Carlos.