5 de nov. de 2010

Alan Parker vive dia de tiete e ganha camisa do capitão William


Depois de assistir à goleada do Corinthians contra o Avaí, anteontem, diretor [br]almoça com o zagueiro. Em pauta, cinema e futebol, paixão dos dois

05 de novembro de 2010
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Há duas semanas, Alan Parker, diretor de clássicos como Pink Floyd - The Wall, Commitments - Loucos pela Fama e Expresso da Meia Noite, embarcou de Londres, onde vive, veio a São Paulo com duas missões. A primeira era ser um dos jurados da 34.ª Mostra de Cinema de São Paulo, encerrada ontem. "A segunda era assistir a um jogo do Corinthians. Não podia ir embora sem ver em campo o time que hoje é muito maior que o que o inspirou", comentou o inglês ontem com o Estado, enquanto almoçava com William, zagueiro e capitão corintiano, e com o diretor da Mostra, Leon Cakoff, no restaurante Nakombi. "Vocês sabiam que o Corinthians paulista é inspirado no inglês? E que hoje o time nem existe mais?", perguntou ao Estado e a seu anfitrião. "Sabíamos, claro! E sabemos também que a camisa original do Timão era rosa como a do time inglês, mas que desbotou e acabou branca." Diante da "revelação", Parker se identificou: "Ótima história! Quando eu era criança e, como bom inglês, adorava jogar futebol. Minha mãe, como toda dona de casa de classe média, era obcecada por manter o filho sempre limpo, lavou tanto minha camisa preta do time que na foto oficial só minha camisa é cinza."

Além do futebol, Parker e William têm outra paixão em comum: o cinema. "Muito por isso o almoço é especial para mim. Estou feliz de ter dado sorte ao time", comentou o diretor, que, acompanhado do restante do júri da Mostra, foi ao Pacaembu assistir a Corinthians 4 X 0 Avaí.

William também fez a lição de casa e, depois do jogo, alugou Expresso da Meia Noite. "Vi ontem (anteontem) mesmo. Não tive tempo de ver filmes da Mostra porque os jogos e os treinos tomam muito tempo, mas adoro cinema. Conhecer um diretor como ele é uma honra", contou o jogador, que é fã de Parker e quer morar em Londres no próximo ano. "Vou parar de jogar e quero passar uma temporada estudando inglês, história, ir mais ao cinema..."

Para Parker, honra foi ser convidado por William para almoçar e ganhar camisa autografada do Timão. O número: 4, o de William, claro. "Você sabia que William é meu segundo nome? Mais especial ainda a camisa. Sem contar que tem aqui o autógrafo do Ronaldo e do Roberto Carlos."

E que tal fazer filme sobre futebol? "Adoraria, mas filmes de futebol nunca são bons. É muito difícil filmar um jogo, os lances, a bola, o campo todo. Boxe e beisebol funcionam no cinema. Futebol funciona no campo e na TV."