24 de set. de 2013

 


Corinthians decide executar bens de Dualib para recuperar prejuízo

24 de Setembro de 2013 às 07:57
A diretoria do Corinthians já tomou a decisão de executar judicialmente o ex-presidente Alberto Dualib para recuperar prejuízos por apropriação indébita de dinheiro do clube.. A defesa dele alega inocência e afirma que a execução não terá sucesso antes do final do processo.

Em 2006, a Justiça comum aceitou ação criminal contra Dualib e Marcos Roberto Fernandes, que era responsável pelo controle financeiro do clube, por emissão de supostas notas fiscais frias no valor de R$ 1,4 milhão. O ex-presidente já foi condenado nas duas instâncias judiciais a 3 anos e quatro meses de reclusão. Mas recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O Corinthians acompanha o processo como vítima dos crimes, com direito a pedir ressarcimento por ter sido lesado – já foi estabelecida uma multa de R$ 50 mil a ser paga ao clube. A diretoria corintiana pediu e obteve a hipoteca sob imóveis do ex-dirigente no interior. Agora, já prepara ação adicional para executá-lo judicialmente para tentar receber o dinheiro.

“A decisão de executar o Dualib já está tomada dentro do clube. Agora, o clube estuda se entra com a medida agora ou apenas ao final do processo com trânsito em julgado”, afirmou o assessor da presidência corintiano Sergio Alvarenga, que acompanha o processo desde o início.

Para ele, os recursos do ex-presidente têm pouca possibilidade real de inverter a decisão do Tribunal de Justiça . O primeiro recurso de Dualib ao STJ não foi aceito, e ele tenta em agravo que pelo menos a corte aprecie sua defesa.

O advogado do ex-presidente, José Luiz Toloza, afirmou que que ainda acredita na anulação completa das condenações a Dualib. “Ele nunca assinou aquelas notas. E deram uma sentença muito alta, acima da pena mínima, para impedir que houvesse prescrição”, disse o advogado.

Para Toloza, a execução dos bens de Dualib não será bem-sucedida se for feita agora. Isso porque ele entende que esse tipo de medida só deve ser tomada no final do processo se houver uma condenação efetiva do ex-dirigente.

Fato é que, ao decidir pela execução judicial do ex-dirigente, a corrente ligada ao presidente do Corinthians, Mário Gobbi, mantém a posição de considerá-lo inimigo.