28 de set. de 2013



28/9/2013 11h04
Tite exibe vídeo com chances perdidas e cobra concentração no Corrinthians
Treinador tem pedido maior efetividade ao setor ofensivo do Corinthians, que marcou apenas um gol nas últimas sete partidas



Setor ofensivo do Corinthians tem sido a grande dor de cabeça do técnico Tite (Foto Arena)

Em busca de uma solução para a esterilidade alvinegra, Tite pediu a ajuda de Fernando Lázaro Rodrigues Alves. Filho do ex-jogador Zé Maria, o especialista em tecnologia esportiva do Corinthians reuniu em vídeo as oportunidades criadas pela equipe nas últimas sete partida. Na sequência, sem nenhuma vitória, houve apenas um gol marcado, atribuído erroneamente a Alexandre Pato.

“O gol não foi nosso, foi contra, não importa o que tenham colocado na súmula”, disse o técnico, antes de explicar exatamente o que solicitou. “Falei: ‘Fernando, eu quero o levantamento de todas as oportunidades, quero ver o percentual de acerto’. Tivemos 18 situações reais de gol nesses sete jogos.”

O vídeo tinha como destinatário final os próprios jogadores. Os números foram repassados a eles, que ouviram a cobrança do chefe por giz no taco. Se houve jogos em que a criação falhou, houve também aqueles nas quais as chances se apresentaram com clareza.

“O técnico fala tudo ao atleta, de bom e de ruim, o técnico precisa dar a referência. Tivemos em torno de 70 finalizações nessa sequência, só 30% em direção ao gol. É muito pouco. Os adversários tiveram 47%. Precisão é o que eu cobro. Conseguimos chances reais, vivas. Foram 18”, comentou Tite.

No meio da sequência ruim, após as derrotas por 2 a 1 para o Goiás e 2 a 0 para a Ponte Preta, o gaúcho admitiu ter imposto um comportamento mais defensivo ao time - que empatou sem gols com Cruzeiro e Grêmio. Agora, é hora de arriscar um pouco mais e buscar a rede.

“A gente deu, defensivamente, um passo para trás, porque tinha tomado quatro gols. Enfrentamos dois adversários de qualidade. O Cruzeiro é o líder do campeonato, tem o melhor ataque. O Grêmio chutou duas bolas no gol, em bolas paradas. Agora, é fazer gol, ser efetivo”, pediu o gaúcho.

Treinos de finalização não têm faltado. O que falta é mesmo botar a bola na rede, problema que o time espera resolver no domingo, contra a Portuguesa. “O grau de precisão está baixo. Acentuamos o treinamento, mas não é só treinamento, depende também de concentração.”