Basílio fala sobre o gol que deu o título paulista de 77 ao Corinthians
Basílio conversou com jovens torcedores curiosos por detalhes do título
Crédito da imagem: Reprodução/TV Globo
- O Corinthians é totalmente atípico, ele é diferente. E digo para você: se a gente ganhar a Libertadores neste ano, quem fizer o gol vai ter a mesma repercussão que eu tive - disse o ex-jogador.
Após o gol de 77, não teve um só dia na vida de Basílio que alguém não tenha se aproximado para falar do assunto. E se os mais velhos, que viveram tudo isso, ainda tem curiosidades sobre o título, imagina os mais novos. Basílio visitou o Parque São Jorge e conversou com um grupo de jovens torcedores.
- Primeiro queria agradecer em nome do meu pai, do meu avô, do meu tio. Eles só falam de você. Eu tenho 25 anos e só vejo o gol em vídeo e a gente se arrepia só de ver. E eu duvidei que o meu pai tinha ido ao jogo, mas ele mostrou que realmente foi - disse o torcedor.
Basílio não se cansa de responder as questões sobre o título e faz questão de agradecer o apoio da torcida.
- Eu tenho certeza que o seu pai nos deu aquela energia que faltava dentro de campo, principalmente naquele momento tão gostoso e decisivo - disse o herói daquela noite.
Basílio também fez uma visita ao memorial do clube e relembrou a equipe que se consagrou campeã paulista. Entre os companheiros estavam Zé Maria, Tobias, Moisés, Russo, Ademir, Wladimir, Vaguinho, Geraldão, Luciano e Romeu. O ex-jogador fez uma homenagem especial à Palhinha, que acabou ficando fora da grande final por causa de uma lesão. Basílio falou ainda sobre o técnico Oswaldo Brandão, que impediu que ele fosse vendido para o Porto, de Portugal.
- Ele era um paizão, mas todo mundo tinha medo dele, desde os dirigentes até os jogadores. O pessoal tinha muito medo porque ele era uma pessoa muito séria no trabalho.
O ex-atacante também fez questão de lembrar de um momento polêmico na partida, que quase o fez ser expulso de campo.
- O Vaguinho teve uma jogada individual e o Polozi vai na cobertura e eles começam a discutir. O Vaguinho estava deitado e nós chegamos para dar uma proteção. Os jogadores da Ponte queriam empurrar a gente. O Oscar colocou a mão no meu peito e eu dei um tapa na cara dele. O juiz Dulcidio já ia puxar o cartão e eu disse: pelo amor de Deus, isso não. Era para eu ter sido expluso.
Fonte: Globo Esporte