27 de jan. de 2011

27/01/2011 20h12min45)



Cachito espera abrir as portas do futebol brasileiro para os peruanos


Helder Júnior


O meio-campista peruano Luis 'Cachito' Ramírez se esforçou para causar uma boa impressão em sua primeira entrevista coletiva como jogador do Corinthians. Prestou muita atenção em todas as perguntas que lhe fizeram, tentou responder com algumas palavras em português e mostrou-se bem-humorado. Tudo para acabar com a desconfiança em torno de sua contratação e, no futuro, abrir as portas do futebol brasileiro para os seus compatriotas.


"Se eu não me engano, o último peruano que jogou no Brasil foi o Martín Hidalgo, que passou por Grêmio e Internacional [hoje está no Cienciano]. Realmente, não se vê muitos peruanos por aqui. Mas, agora que me deram a oportunidade de jogar em uma grande instituição como o Corinthians, talvez venham mais atletas do meu País", vislumbrou Cachito, que tem 26 anos e passou por Coronel Bolognesi, Cienciano, Libertad, do Paraguai, e Universitario.
Para facilitar a sua aceitação no Brasil, Luis Ramírez disse que prefere ser chamado pelo apelido com o qual ganhou fama no Peru. "Cachito foi um grande amigo do meu pai, e o apelido coincide com o de um ex-jogador que fez muito sucesso no futebol peruano. Gosto quando se referem a mim como Cachito", sorriu, antes de deixar a escolha a cargo dos torcedores do Corinthians. "Mas, se me quiserem me chamar de Ramírez, não há problema."


Cachito assume agora a missão de ser conhecido no futebol brasileiro não somente por sua simpatia. Ele garantiu que tem condições de se tornar titular do Corinthians. "Estou na seleção do Peru e já disputei três Libertadores. Gosto de jogar armando a equipe, mas também ajudo o setor defensivo. Posso auxiliar em qualquer posição do meio-campo, como o técnico achar melhor", apresentou-se, antes de recobrar a humildade. "Falaram para você que o meu futebol é parecido com o do Sócrates? Não, não, não! Sou só o Ramírez", gargalhou o peruano