5 de set. de 2010

04/09/2010 21h43
Andrés explica encontro com Kia, mas nega contatos profissionais
Presidente do Timão diz que foi convidado para conhecer filho do iraniano e jura que há três anos não falava com ele
Por Carlos Augusto Ferrari

Kia Joorabchian durante entrevista neste sábado
em São Paulo (Foto: Gustavo Zupak / Rádio Globo)Após a goleada do Corinthians sobre o Goiás neste sábado (5 a 1), o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, deu sua versão sobre o encontro que teve com o iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente da MSI, parceira do Timão entre 2005 e 2007. O dirigente admitiu que é amigo do empresário, mas jurou que não manteve qualquer contato pessoal ou profissional com ele nos últimos três anos.

- Hoje (sábado) de manhã, a família dele me ligou para passar no Bar das Artes para ver o filho dele. Fiquei surpreso de vê-lo lá. Fiquei 15 minutos e fui embora. Ele é um cidadão inglês, que tem família brasileira, casou com uma brasileira e tem um filho brasileiro. Se quiséssemos nos encontrar para algo seria escondido. Fomos em um dos restaurantes mais bem frequentados de São Paulo. Eu não vou negar que tenho um bom relacionamento com ele. Mas fazia três ou três anos e meio que eu não o via – afirmou o dirigente.

Sanches garante que Kia não tem qualquer envolvimento na construção do estádio alvinegro, em Itaquera, e que tenha negociado com jogadores dele. Recentemente, o Corinthians contratou o zagueiro Thiago Heleno, adquirido por Pini Zahavi, ex-sócio do iraniano na MSI.

- Eu disse que, desde que assumi o Corinthians, nunca tive uma negociação de atleta com ele. Nunca neguei que somos amigos. Vim aqui falar porque vão ficar especulando. Já estão falando de estádio, CT, daqui a pouco até do Parque São Jorge. O estádio é de duas empresas privadas: a Odebrecht e o Corinthians. Falaram que é do Lula, do Ricardo Teixeira. O Kia não tem participação nenhuma. Se ele quiser comprar um grande jogador do Corinthians, não tem problema nenhum – acrescentou.

Corinthians e MSI romperam o contrato durante a temporada 2007, pouco antes da queda do presidente Alberto Dualib. Andrés ressalta que o Timão, agora, não precisa de um novo parceiro.

- Pelos que os advogados nos passaram, desde de junho de 2007 está tudo encerrado. Cada um ficou com seu prejuízo. Todos erraram. Mas é passado. Vamos tocar a bola para frente. O Corinthians está em um novo momento, uma nova vida e não precisa de parceiro, por enquanto.