4 de set. de 2010

04/09/2010 - 07h00
Baixa de trio concorrente ajuda B. César a ter status de intocável no Corinthians
Renan Prates


Bruno César é titular absoluto do Corinthians, condutor das jogadas e artilheiro do Brasileiro

É inegável que ele está em boa fase. Mas esse bom momento acaba sendo amplificado por causa dos problemas enfrentados pelos seus concorrentes. Por tudo isso, o meia Bruno César adquiriu o status de intocável no Corinthians neste Brasileirão.

Contratados após um grande esforço financeiro do Corinthians e com a fama de que iriam resolver o problema da meia de ligação do time alvinegro após a saída de Douglas, Danilo, Tcheco e Defederico somam muito mais atuações apagadas do que destacadas com a camisa da equipe do Parque São Jorge.

Já Bruno César caminhou na direção contrária do trio, pois o Corinthians não precisou dispender de uma grande quantia financeira para contratá-lo e ele chegou no clube sob a desconfiança de ter feito apenas um bom campeonato pelo Santo André (Paulistão 2010).

Além de brindar a torcida do Corinthians com atuações convincentes, Bruno César é o artilheiro do Brasileirão com oito gols marcados, mesmo não sendo um atacante. Hoje, ao lado de Elias (que se considera volante, mas joga mais adiantado), é a referência do time do técnico Adilson Batista.

BOM TEMPO SEM JOGAR
Danilo: Não atua há três jogos (entrou contra o Avaí em 15/08)
Defederico: Não atua há três jogos (entrou contra o Avaí em 15/08)
Tcheco: Jejum de sete jogos (entrou contra o Atlético
-GO em 21/07)

O treinador do Corinthians, aliás, falou nesta sexta-feira sobre o momento ruim dos meias como um todo no time. Adilson deu a entender que Danilo, Tcheco e Defederico terão que se adaptar ao que ele pede, que é diferente do que eles costumavam fazer em campo.

"O Danilo jogava de forma diferente do que eu quero que ele atue. O Defederico entrou nos três primeiros jogos comigo. Já conversei com ele da forma que gosto de trabalhar. Ele começa a ficar muito aberto, quando precisa jogar no meio nas costas dos volantes" , reclamou o treinador, para depois 'amansar'.

“A característica do jogador precisa ser respeitada, assim como eles estão respeitando o meu pensamento. Não dá para cobrar algumas coisas desses dois e do próprio Tcheco. É diferente”.

Para ‘encerrar a conversa’, Adilson Batista resumiu de forma simples como funciona a disputa por posição no seu time. “Já falei uma vez e vou repetir: o jogador comigo se escala no treino. Dependendo do que ele fizer em campo, terá uma chance ou não”. Coincidência ou não, até o encostado Boquita ganhou uma chance na última partida (entrou contra o Vitória)