Corinthiano meia Danilo exalta sua superação de grave lesão e foca 2018
Danilo entrou no jogo que garantiu o sétimo título brasileiro do Corinthians (Marco Galvão/Lancepress!)
Guilherme Ama
30/11/2017
13:13
Danilo voltou a dar entrevista coletiva nesta quinta-feira. Aos 38 anos, ele não garantiu que atuará pelo Corinthians neste domingo, disse que não aguenta os 90 minutos e também falou que ainda não pensa em se aposentar após o fim de seu novo contrato com o Timão, até o fim de 2018.
Com o título brasileiro garantido, o técnico Fábio Carille deve escalar uma equipe cheia de reservas contra o Sport, domingo, pela última rodada do Brasileirão. Questionado se estava pronto para atuar o jogo inteiro, Danilo admitiu que ainda não aguenta e prometeu trabalhar durante as férias.
- É pesado, fiquei muito tempo fora. Tem jogadores que estão treinando o ano inteiro e esperando a oportunidade. Eu estou louco para jogar, mas o ritmo de jogo é fundamental. Vou continuar trabalhando nas férias para voltar igual a todo mundo - afirmou Danilo.
O meia atuou apenas uma vez nesta temporada, no jogo que garantiu o título brasileiro ao Corinthians por antecipação na vitória por 3x1 sobre flumin. Ele não jogava desde o dia 31 de julho do ano passado - no mês seguinte, sofreu fraturas na fíbula e tíbia da perna direita. Neste ano, após recuperar-se, ele sofreu com duas lesões musculares na panturrilha esquerda.
- Não foi fácil o que eu passei. Tem que ter a cabeça boa. Dia a dia fui superando. Só de ter voltado a treinar foi fundamental para dar a volta por cima. É ter a cabeça boa que as coisas acontecem - recordou Danilo, que correu risco até de ter a perna direita amputada.
Danilo tinha contrato com o Corinthians apenas até o fim deste ano, mas renovou até o fim de 2018. Os detalhes do novo vínculo foram acertados no Rio de Janeiro, antes da partida contra o Flamengo, há duas rodadas.
- Está tudo certo,a gente teve uma reunião rápida, mas quando os dois querem fica mais fácil de resolver. Eu estava louco para renovar, eles também. Graças a Deus deu tudo certo - afirmou Danilo.
Aos 38 anos, Danilo ainda não pensa em aposentadoria. Ele é, inclusive, o jogador mais velho a entrar em campo pelo Corinthians. E quer aumentar essa marca.
- Tem que viver ano a ano. Futebol é assim. O primeiro passo é voltar a jogar. O outro é esperar fazer um ano bom. Tudo depende de como vou estar. Vamos esperar até o fim do ano que vem para decidir - disse Danilo, antes de falar sobre seu recorde.
- Futebol o que fica marcado são as histórias. Daqui a pouco eu paro de jogar e isso fica. Você sai do clube, mas a fotinho fica ali. Espero jogar mais para aumentar mais esse tempo - projetou.
Danilo chegou ao Corinthians em 2010 e integrou sete títulos: Brasileiros (2011, 15 e 17), Libertadores da América (2012), Mundial de Clubes (2012), Recopa Sul-Americana (2013) e Paulistão (2013). Ele soma 337 jogos e 33 gols.
Arena Corinthians recebe campanha Sangue Corinthiano neste final de semana
Nos dias 1º e 2 de dezembro, a casa do Timão reunirá bancos de sangue paulistanos para coleta de sangue da edição especial Sangue Heptacampeão e dos 40 anos do Campeonato Paulista de 1977
A 4ª edição da Campanha Sangue Corinthiano na Arena Corinthians acontece nesta sexta-feira (01) e sábado (02), com muitas novidades. Cinco bancos de sangue paulistanos se reunirão para realizar a coleta das bolsas de sangue e, neste ano, a expectativa é que consigam coletar cerca de duas mil bolsas, 500 a mais do que em 2016.
A campanha também irá comemorar a conquista do Heptacampeonato Brasileiro conquistado pelo Timão, fazendo referência aos títulos de 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017. Além do título do Brasileirão, outra conquista histórica será lembrada na Arena, com as presenças dos eternos ídolos Basílio e Wladimir, campeões do Campeonato Paulista de 1977.
Para Donato Votta, Diretor Cultural e de Responsabilidade Cultural, "essa edição vem para coroar um ano tão vitorioso do Timão, e mostrar que além de campeões, somos solidários também. A Campanha de Sangue Corinthiano está há quase 10 anos mostrando isso, incentivando a Fiel Torcida a doar sangue. Para o período da campanha na Arena Corinthians, a nossa expectativa é coletar duas mil bolsas e manter os estoques mínimos dos bancos de sangue, que nessa época do ano caem muito devido as festas e comemorações", afirmou.
As doações serão realizadas por torcedores que preencheram a ficha cadastral no site oficial da campanha (corinthians.doandosangue.com.br), que foram sorteados entre os inscritos e que receberam as orientações sobre qual horário e banco de sangue efetuarão a doação.
Para Milton Oliveira, idealizador do projeto, fazer a campanha na Arena Corinthians este ano é ainda mais especial. “Em um ano que muitos julgaram o Corinthians como a quarta força de São Paulo e conquistamos o Campeonato Paulista e mais um Campeonato Brasileiro. Esta quarta força também tem a torcida que mais doa sangue no país e, após esta campanha, só as doações de sangue feitas na Arena serão responsáveis por ajudar a salvar mais de 20 mil vidas. Isso é coisa de quem tem Sangue Heptacampeão”, disse.
A realização da campanha na Arena Corinthians é resultado de uma parceria com a Secretaria da Saúde, por meio da Hemorrede e as entidades apoiadoras: Banco de Sangue Paulista, Biotec, Colsan, Fundação Pró-Sangue e Hospital Sírio Libanês.
Além da campanha em Itaquera, a Sangue Corinthiano terá outros postos de coletas espalhados por todo o Brasil e os locais podem ser conferidos no site www.sanguecorinthiano.com.br/onde-doar/
Como doar
Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, ter idade entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que precede a doação), estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação) e apresentar documento original com foto. Para ver os requisitos completos acesse: https://www.sanguecorinthiano.com.br/requisitos
Sobre a Sangue Corinthiano
“Sangue Corinthiano” é um projeto nacional idealizado e promovido pela torcida corinthiana, que usa a força e união da Fiel para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. Anualmente a campanha Sangue Corinthiano realiza três edições do “Dia do Corinthiano doar Sangue” com o objetivo de conscientizar novos torcedores sobre a importância deste ato e também torna-los doadores regulares através da fidelização ao projeto. Após a definição da data, a organização da campanha fica por conta dos torcedores, que são responsáveis pelos contatos e planejamento junto ao Hemocentro de sua cidade. A primeira edição da campanha Sangue Corinthiano ocorreu em setembro de 2008 e até agora o projeto já ajudou a salvar mais de 140 mil vidas.
Apoio
A campanha Sangue Corinthiano conta com o apoio da Kalunga. “Para a Kalunga, ser parceira da Sangue Corinthiano é uma oportunidade de engajar-se em uma causa nobre e demonstrar a admiração da empresa pelo trabalho desenvolvido por esse grupo de corinthianos. “Nós acreditamos que doar sangue, além de amor ao próximo, é um ato de responsabilidade. A Kalunga espera contribuir para incentivar e esclarecer as dúvidas sobre esse ato que ajuda a salvar muitas vidas”, afirmou Paulo Garcia, sócio da marca.
A Sangue Corinthiano é organizada pela ONG Sobre Vivência (www.sobrevivencia.org.br e também tem o apoio oficial do Sport Club Corinthians Paulista.
Trio da base deve ganhar chance no Corinthians diante do Sport
Pedrinho, Rodrigo Figueiredo e Léo Príncipe têm grandes possibilidades de jogar na Ilha do Retiro
Por GloboEsporte.com
30/11/2017 16h46
Embora o técnico Fábio Carille ainda não dê muitas pistas sobre a equipe que vai escalar no domingo no Corinthians, contra o Sport, às 17h (de Brasília), na Ilha do Retiro, na última rodada do Brasileirão, três jovens da base devem receber chance do comandante.
Escalados para conceder entrevista coletiva no CT na sexta-feira, os meias Pedrinho e Rodrigo Figueiredo e o lateral-direito Léo Príncipe têm boas chances de jogar. Eles podem substituir Jadson, Rodriguinho e Fagner, todos em condição de jogo, mas que podem ser poupados da partida.
Rodrigo Figueiredo deve ganhar chance no Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians)
Léo Príncipe, de 21 anos, e Pedrinho, de 19, são bastante conhecidos da torcida e tiveram participação na campanha do heptacampeonato brasileiro: o meia com dez jogos e o lateral com quatro.
Rodrigo Figueiredo, de 21 anos, jogou apenas por alguns minutos no jogo após a conquista do título. Agora, deve ser titular.
– Ele está treinando bem. Quis presenteá-lo. Ainda vou colocar mais gente que jogou pouco na temporada ou que não jogou. O Mantuan está voltando de lesão, então vai ser difícil para ele. Teve um ano ruim por uma lesão no joelho – disse o técnico no último dia 20.
A escalação do Corinthians ainda está indefinida, mas o jornalheiro Marcelo Braga escala Cássio, Léo Príncipe, Balbuena, Pedro Henrique e Marciel; Gabriel e Fellipe Bastos; Pedrinho, Rodrigo Figueiredo e Romero; Kazim.
Artilheiro do Brasileirão com 18 gols, foi liberado para ver nascimento de segundo filho hoje e especula-se que não jogue. Carille não terá Clayson, Maycon, Camacho e Marquinhos Gabriel, todos suspensos.
Alvinegro firmou acordo de dois anos com os times de League of Legends, World of Tanks e Heroes of Storm
15h00 30/11/2017 - Agência Corinthians
© Divulgação
Na manhã desta quinta-feira (30), em coletiva de imprensa no CT Dr. Joaquim Grava, o Corinthians anunciou a parceria com o time de e-sports RED Canids. O acordo, que tem duração de dois anos, inclui as equipes de League of Legends, World of Tanks e Heroes of Storm da organização.
“Inicialmente, este projeto não tem o objetivo de gerar receita pro clube. O objetivo é primeiramente estratégico, de se conectar com esse tipo de público, para num segunda momento se traduzir em receitas”, comentou Vinicius Azevedo, Gerente de Marketing do Corinthians.
Em 2017, a RED foi campeã do Primeiro Split do Campeonato Brasileiro de League of Legends e do Terceiro e Quarto Split da Copa América de Heroes of Storm. Para o CEO da organização, Felippe Corradini, a parceria os deixa à frente de outras equipes no cenário brasileiro.
"A gente espera um nível de profissionalização para o e-sports muito grande. Queremos agilizar o processo de profissionalização dos atletas e do cenário do esporte como um todo. E com toda a estrutura que a gente terá dentro do clube, acreditamos que vamos estar um passo à frente dos outros", afirmou.
Corinthians sub 17 fez 1x0 no tempo normal e 3x4 nos penaltis na final da copa do brasil sub 17 e não consegue bicampeonato
Zagueiro reserva Léo, do Corinthians, passa por cirurgia
Jovem passou por procedimento para reforço na parede abdominal para prevenção de hérnia
Por Marcelo Braga
30/11/2017 11h17
O jovem zagueiro reserva Léo, do Corinthians, passou foi operado com sucesso na última quarta-feira. O jogador de 18 anos realizou uma cirurgia para correção de uma pubalgia e reforço na parede abdominal para prevenção de hérnia
Por conta do procedimento, o jogador fará tratamento para recuperação durante o mês de dezembro, quando o restante do elenco estará de férias.
O prazo de recuperação é de um mês. Assim, ele retornará aos trabalhos junto com os demais atletas na pré-temporada.
Atacante Jô é liberado de treino do Corinthians para acompanhar
nascimento do seu segundo filho
Por Bruno Cassucci
30/11/2017 12h06
Na briga para ser o artilheiro do Campeonato Brasileiro, o atacante Jô, do Corinthians, foi liberado do treinamento desta quinta-feira para acompanhar o nascimento do filho.
Jô aguarda o segundo filho. Ele já é pai de Pedro (Foto: Marcos Ribolli) Diversos outros jogadores do Corinthians heptacampeão, como Balbuena, Jadson e Rodriguinho, não foram ao gramado.
Em campo, o técnico Fábio Carille não esboçou a escalação para encarar o Sport. O comandante alvinegro já sabe que não poderá contar com Camacho, Maycon, Clayson e Marquinhos Gabriel, todos suspensos.
Campeão brasileiro com três rodadas de antecedência, o Corinthians volta a treinar nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, quando pode ser definido para a partida de despedida em 2017.
Em ritmo de férias, Corinthians treina e tem confraternização no CT
Elenco se reapresentou na manhã desta quarta-feira e alguns titulares ficaram no LabR9. Depois da atividade, comissão técnica enfrenta a imprensa em jogo festivo
LANCE!
29 NOV2017
11h41
O Corinthians se reapresentou na manhã desta quarta-feira no CT Joaquim Grava. Sem a presença de alguns titulares, que fizeram trabalho na academia, o técnico Fábio Carille comandou uma atividade técnica leve. Em ritmo de férias, o campeão brasileiro se despede de 2017 no próximo domingo contra o Sport na Ilha do Retiro. A tendência é que Carille mande a campo um time recheado de reservas.
Carille comanda treino em reta final de temporada do campeão brasileiro (Foto: Daniel Augusto Jr) Foto: LANCE!
No campo, o técnico trabalhou em campo reduzido, como de costume e não esboçou escalação. Alguns jogadores não participaram do treino. Negociado com o Sevilla (ESP), o lateral-esquerdo Guilherme Arana foi ao CT Joaquim Grava, mas ficou na academia. Ele deve viajar nos próximos dias para a Espanha, onde assinará contrato de quatro temporadas com o clube espanhol. O zagueiro Balbuena, o lateral-esquerdo Moisés, gripado, e os meias Jadson e Rodriguinho completaram o time dos que ficaram na academia LabR9.
O Timão ainda faz mais três treinos antes do duelo em Recife e Carille deve aproveitar para observar alguns jogadores. Maycon, Camacho, Marquinhos Gabriel e Clayson cumprem suspensão e estão fora. O técnico só deve definir o time a partir de sexta-feira.
O dia no Timão também foi marcado pela confraternização. Nesta quarta-feira, acontece a tradicional pelada de fim de ano entre a comissão técnica e profissionais da imprensa. O técnico Fábio Carille está escalado como árbitro do duelo. Um churrasco no CT Joaquim Grava encerra a confraternização.
Meia Danilo se diz pronto para defender o Corinthians e mira preparação para 2018
Meia que passou quase a temporada inteira se recuperando de lesão espera poder atuar mais no próximo ano
12h40 30/11/2017 - Agência Corinthians
© Divulgação/Corinthians
Se 2017 foi muito bom para o Corinthians, para Danilo foi uma temporada bem complicada. Pela primeira vez em sua carreira, o meia de 38 anos sofreu uma grave lesão ao quebrar os ossos da tíbia e fíbula da perna direita e passou quase o ano todo se recuperando. Dando um passo de cada vez, o camisa 20 foi voltando e inclusive jogou os minutos finais do duelo contra o Fluminense, que decretou o Alvinegro como heptacampeão brasileiro.
"Não foi fácil o que passei, mas tem que ter a cabeça boa. Teve momento de voltar a pisar no chão, voltar a trotar, voltar a correr... Ouvi que não voltaria a jogar e a cada dia fui superando. Voltar a jogar foi fundamental para dar a volta por cima”, lembrou Danilo em coletiva nesta quinta-feira (30).
Contra o Sport, fora de casa, no próximo domingo (03), o Corinthians encerra a temporada com um time que deve ter diversas mudanças. Apesar da vontade de estar em campo do meia, os planos do jogador estão na pré-temporada, quando deseja se preparar bem para poder atuar mais vezes em 2018.
"Tem jogadores esperando oportunidade o ano inteiro também. Estou louco para jogar, mas precisa do ritmo. Estou há muito tempo parado. Vou trabalhar na pré-temporada para em 2018 estar igual a todo mundo”, avaliou o atleta.
"Quero me preparar nas férias, fazer uma boa pré-temporada e voltar bem em 2018. Não pode (parar), estou há muito tempo parado, tenho que continuar bem. Vou ver com eles o que tem que fazer para voltar bem na pré-temporada", concluiu Danilo.
Meia de origem, o camisa 20 também já mostrou fazer bem o papel de centroavante. Por isso, se colocou à disposição de Carille para fazer qualquer uma das duas funções dentro de campo.
"Quem decide quem joga é o treinador, mas eu sou meia-atacante. Já joguei de centroavante também, não sendo um homem fixo, mas voltando, armando a jogada, fazendo o pivô. Sei jogar de costas, isso ajuda. Mas tem que esperar o ano que vem. Onde o Carille optar por mim, estarei à disposição”, analisou.
Corinthiano drigente Flávio Adauto fala sobre Corinthians heptacampeão brasileiro em 2017
Ao GloboEsporte.com, o diretor de futebol do Corinthians heptacampeão brasileiro falou sobre estes e outros desafios, contou bastidores da temporada e projetou o futuro dele, que a partir de 3 de fevereiro será fora do clube. Adauto deixará o seu cargo no Timão após a eleição presidencial do clube, mas antes disso pretende montar o elenco para 2018. Confira abaixo a entrevista:
Flávio Adauto diz que cargo de diretor tem que se reciclar e ve Alessandro pronto para o posto (Foto: Marcelo Braga)
GloboEsporte.com: Quais são seus planos para depois da eleição presidencial do Corinthians, em fevereiro de 2018?
Flávio Adauto: Eu falei no primeiro dia que vim aqui no CT que eu quebraria uma série. Os últimos presidentes foram diretores de futebol, casos do Mário Gobbi e do Roberto. E o Andrés é um cara que está sempre ligado ao futebol. Mas acho que o clube tem que ter gente mais nova, que tenha experiência, mas com uma mentalidade mais jovem.
Você vai se afastar do clube?
– Eu penso em não dar palpite, como nunca dei a partir do momento que saí do clube e voltei a ser apenas torcedor. Eu acho que tinha vindo uma ou duas vezes no CT antes de ser diretor, para trazer os netos para passear e tirar fotos. A minha frequência a partir de fevereiro de 2018 será assim, uma ou duas vezes no ano para ver os amigos. Acho que diretor tem prazo de validade, precisa haver renovação. Mas em alguns casos, não. O Alessandro veio e se gabaritou. Perder alguém desse nível é dar sopa para o azar e ter que começar de novo. Ele tem seriedade e idoneidade, que é o mais importante.
Você é a favor da permanência dele?
– Ele é o melhor que tem no Brasil nessa função. E olha que eu conheci gente, hein? Trabalhei com Edvar Simões, que foi muito bom no Corinthian . O Alessandro é fantástico. Se o Corinthians um dia abrir mão dele por algum motivo, principalmente se for político, vai fazer uma grande besteira.
A relação de vocês é muito boa pelo que podemos ver.
– Às vezes eu sento com o Alessandro e brinco: "A gente vai ficar louco". Eu tinha feito um desafio (risos). Ele vai ficar puto por eu contar. Falei para ele que se ganhássemos o título a gente iria sair dançando aqui pelo CT (risos). Coisa de maluco!
Adauto e Alessandro tiveram relação próxima em 2017 (Foto: Marcelo Braga)
Por quê?
– Não é que a gente não acreditava, mas vimos como um desafio o tempo todo. Tínhamos muitos problemas no dia a dia, muitas coisas para resolver, e passamos a conviver mais entre nós do que com as nossas famílias. Ontem, às 23h, a gente estava trabalhando. Tem sido assim, 12 ou 14 horas por dia. Agora estamos pensando no futuro. Só temos dezembro para planejar, porque em janeiro tem oito dias fora do Brasil e logo o mandato acaba.
– Queremos deixar uma coisa minimamente encaminhada para quem vier. Serão três ou quatro reforços? É difícil dizer, porque a gente não sabe quem vai sair. Quem está com a coisa arredondada é o Arana. No mais, não tem nenhum caso definido. Rodriguinho? Não tem proposta. Balbuena? Também não. Tivemos reunião com o empresário dele, já entregamos até a proposta de renovação.
Já tem alguém contratado?
– Não. A gente vai ter que ter nomes definidos, duas ou três opções, porque a nossa dificuldade para contratar é diferente. Os outros vão e pagam pelos direitos. Nós queremos conversar mais em termos de salários, vantagens, a vitrine que é o Corinthians. Buscamos jogadores que queiram mostrar potencial no Corinthians, que estejam em equipes menores. Dinheiro não sobra. E quando falta, você é mais criterioso, faz a coisa certa. Um exemplo é o Gabriel, que é o espírito do Corinthians, a cara do Corinthians, tem o DNA. Quando você acerta num cara desses, é um felizardo. Acho que quem vier para o Corinthians e não se enquadrar nesse espírito, não tem futuro. Quem vier para ser estrela ou "bam bam bam", corre o risco de dançar.
– Os reforços serão pontuais, com identidade com o clube, que vão ralar, botar a bunda no chão. Se vier de forma diferente, não prospera, é cobrado pelo grupo
Todo mundo tem empresário?
– O único (que não tem) é um que eu conversei dois minutos no café da manhã, domingo: o Danilo. Os outros foram mais desgastantes, porque cada um representa um lado. Mas no fim tem que ser bom para todo mundo.
Foi creditado na nossa conta um erro. O erro foi aceitar informações externas de um caso que não iria prosperar
Depois veio o William Pottker. O Corinthians emprestou jogadores à Ponte Preta contando que teria o Pottker, mas o negócio não vingou.
– Isso foi nada mais do que um contrato que fui recomendado a não assinar, pois era prejudicial ao clube. Valores, percentuais... Até hoje guardo o contrato. O jurídico falou que eu tinha o direito de assinar, mas que poderia dar problema depois. Então não assinei o contrato. Depois ainda veio o agravante de ele ter jogado (pela Copa do Brasil), mas não foi por isso que não fechamos o negócio, mas sim porque não era um bom acordo.
Flávio Adauto, durante entrevista ao GloboEsporte.com, no CT Joaquim Grava, do Corinthians (Foto: Marcelo Braga)
O que você mais gosta no seu cargo e do que você sentirá mais falta?
– O que mais gosto? É de ver as pessoas felizes, num ambiente saudável, os caras tranquilos, resolvendo os problemas deles. Quando assumi, eu falei 30 segundos só com os jogadores. Eu falo muito, mas naquele dia disse apenas o seguinte: "Estou aqui para ajudar e vou esperar vocês me procurarem quando tiverem problemas".
E teve muitos problemas a resolver?
– Sim. Desde vir discutir uma premiação ou um contrato a vir falar de um problema financeiro, pessoal... Todos os assuntos foram discutidos com os jogadores. É lógico que às vezes não é com o elenco inteiro, pega sete ou nove e decide tudo. Teve vezes que a concentração foi de dois dias, algumas até eles pediram.
Como você lidou com o início do time no segundo turno do Brasileiro?
– Ninguém mudou o tom de voz, nem o Carille, nem nós. O comportamento no almoço, no ônibus, em tudo foi igual. Talvez esse tenha sido o segredo. Houve cobrança, o Carille falava o mesmo que dizia para vocês: "Estivemos abaixo, podemos render mais". Mas o tom de voz nas preleções, nos vídeos e nas viagens nunca teve alteração. Com cinco ou seis rodadas muito ruins no segundo turno, eu não vi em nenhum momento uma mudança de comportamento ou alguma reunião.
A diretoria ofereceu um "bicho" extra para os jogadores reagirem?
– Conversamos em momentos específicos, por decisão da diretoria sempre teve incentivo. "Ô gente, vamos tentar seis pontos em determinada fase e se conseguir tem tal valor." Tivemos, por exemplo, antes de um jogo. Mas não foi ponto de referência nunca. Isso me surpreendeu. Do lado de fora, você ouve muito o termo mercenário, mas aqui vi um monte de trabalhador. Ninguém chega atrasado. Não teve um dia que a preleção tenha atrasado. Eu não imaginava isso antes de entrar no clube.
Como foi a relação com a torcida?
– Houve um jogo que perdemos para o Inter, nos pênaltis, e fomos eliminados da Copa do Brasil. Aí fomos descer para o vestiário e, quando chegamos, o elevador estava lotado, não dava para entrar. Um cara lá de dentro, um grandão, começou a gritar "a culpa é sua". Ele nos xingou, inclusive. Eu não respondi nada. Até queria encontrar esse camarada de novo. Guardei isso. Ali vi a ira de quem está sofrendo. Foi o único momento em que fui xingado.
No geral, recebeu mais elogios do que críticas?
– Não é demagogia, pois não sou candidato a nada. Mas o mais gostoso é ver as pessoas felizes, a alegria do torcedor. Um monte de gente fala "obrigado". Mas quem jogou não fui eu. Tratam a gente como ídolo. O legal é ver alguém feliz pelo futebol.