Petros mira regularidade para seguir no Corinthians
Por Gazeta | 29/05/2014 07:39
Meia tem vínculo com o clube até o fim do próximo Paulistão e prega humildade para continuar crescendo na equipe paulista
Agência Corinthians
Petros tem ganhado moral com Mano
Walter fez defesas importantes, Romarinho manteve o bom nível que vem apresentando e Guerrero marcou o único gol do jogo, mas Petros foi o jogador mais elogiado após a vitória do Corinthians sobre o Cruzeiro. O meio-campista ganhou avaliações positivas de todos e uma comparação interessante feita por Mano Menezes.
"O Petros tem me lembrado o Jorge Henrique. Eu escolhia o lado que o lateral apoiava mais, olhava para ele, e ele já sabia que lhe sobraria a função tática de trabalhar daquele lado. Não adianta dar essa função para um jogador que não consiga executá-la, mesmo que ele seja mais dotado de talento", afirmou o treinador.
O técnico contou bastante com Jorge em sua primeira passagem pelo Corinthians, especialmente nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2009. Embora atacante na teoria, o camisa 23 tinha responsabilidades defensivas importantes e também a incumbência de levar o time da defesa para o ataque.
"É uma função das mais difíceis, uma das piores, que é marcar um dos principais jogadores rivais. Tenho que marcar muito forte e sair muito forte", disse Petros, que pediu para sair no finalzinho do jogo no Canindé. "Nunca tinha pedido. Pedi porque estava esgotado mesmo". Embora esgotado, Petros conseguiu fazer uma análise serena de sua boa atuação. De acordo com ele, a autocrítica é uma de suas características marcantes, motivo pelo qual não haverá deslumbramento. Antes de se vangloriar por ter botado Renato Augusto no banco, ele precisa assegurar sua permanência no clube do Parque São Jorge.
"Eu ainda não tenho vínculo definitivo com o Corinthians. Estou feliz e tenho trabalhado para que esse vínculo seja prorrogado, renovado. Busco sempre fazer o melhor e têm vindo bons frutos", comentou o meia, emprestado pelo Penapolense até o fim do próximo Campeonato Paulista.
Questionado sobre a relação custo-benefício de seu contrato, o baiano brincou, dizendo-se "muito barato", antes de citar as lições de humildade aprendidas com o pai, Petrônio. Prometeu "não passar por cima de ninguém" em busca do crescimento. "É assim: a gente começa pequenininho e vai buscando melhorar."
29/05/201407h00
Petros vira rei dos desarmes e 'xodó' de Mano
Por ESPN.com.br
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Wagner Carmo/Light Press
Petros (à dir.) não dá sossego para os seus adversáriosAs palmas para Petros começaram um dia antes de seu aniversário. Na verdade, algumas horas antes. Na véspera de completar 25 anos, o meia deixou o gramado do Canindé nesta quarta-feira aplaudido por uma torcida, que reconheceu seu trabalho implacável durante a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre Cruzeiro, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
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Wagner Carmo/Light Press
Petros (à dir.) não dá sossego para os seus adversáriosAs palmas para Petros começaram um dia antes de seu aniversário. Na verdade, algumas horas antes. Na véspera de completar 25 anos, o meia deixou o gramado do Canindé nesta quarta-feira aplaudido por uma torcida, que reconheceu seu trabalho implacável durante a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre Cruzeiro, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
O jogador, contratado após se destacar pelo Penapolense no Campeonato Paulista, não tem grife, ainda não fez gols e nem sequer deu assistências no Nacional. No entanto, se mostrou uma opção fundamental para o técnico Mano Menezes que, ao ser questionado como seria possível sacá-lo do time, foi direto na resposta. "Não tira. Sempre falo que você pode ter ideias ou preferencias, mas não pode contrariar o jogo."
Se não aparece ofensivamente com brilho, qual é o motivo de Petros cair nas graças da torcida nesta quarta e também virar o 'xodó' de Mano? Outra estatística ajuda a responder a questão.
Mesmo se tratando de um meia, Petros já soma 40 desarmes nos sete jogos que fez no Brasileirão e é o líder no quesito na competição, o que dá uma média de 5,7 a cada partida. Com essa vocação defensiva, o meia se tornou taticamente importante para o treinador, que, inclusive o comparou a um ídolo recente da equipe alvinegra.
"O Petros tem me lembrado o Jorge Henrique. Eu via o lado do lateral que apoiava mais, e ele (Jorge Henrique) sabia que a função tática ia sobrar daquele lado. Não adianta dar a tarefa para um jogador que não consegue isso. Hoje foi bonito ver o estádio reconhecer isso. Foi a primeira vez que vimos isso", declarou Mano, lembrando quando substituiu o camisa 40 já aos 45 minutos da etapa final.
Para efeito ilustrativo, Jorge Henrique fez 47 desarmes em 31 jogos (média de 1,51 por partida) no Campeonato Brasileiro de 2011, no qual o Corinthians ficou com o título. Número quase quatro vezes inferior ao de Petros. Pesa a favor do ex-jogador do Penapolense na comparação o fato de ele ser meia, enquanto o hoje atleta do Internacional é atacante.
Petros pode até ser discreto e tímido fora do campo, mas, dentro dele, está longe de passar despercebido pela defesa adversária. Ou melhor, pelo ataque adversário.