24 de mai. de 2014

Mano vê evolução do Corinthians, mas volta a cobrar agilidade de passes Mano pede calma a atletas para resolver ritmo do Corinthians


Mano vê evolução do Corinthians, mas volta a cobrar agilidade de passes
Treinador comemora gols marcados no treino desta sexta; problemas na transição de defesa para ataque, no entanto, voltam a ser lembrados pelo comandante

LANCEPRESS! - 23/05/2014 - 19:38

Se nas últimas rodadas do Brasileirão o desempenho do Corinthians não agradou Mano Menezes, o futebol apresentado nos recentes treinamentos no CT Joaquim Grava sugerem uma evolução, segundo o treinador. No treino desta sexta-feira, por exemplo, o Timão anotou três gols, feito exaltado pelo comandante.

– Hoje depois de muito tempo fizemos três gols no treinamento. Melhoramos a produção da equipe e esse é o caminho. Todos têm de saber isso – disse o técnico em entrevista coletiva.


Mano, no entanto, sabe que o time ainda precisa melhorar. O treinador voltou a citar a ligação entre o meio-de-campo e o ataque como problema a ser superado pelos jogadores alvinegros. Ele havia feito reclamação semelhante após o empate diante do Atlético-PR, na última quarta-feira.

– Tenho cobrado bastante o domínio e o passe. São os fundamentos básicos para criar com qualidade. Penso sempre que o domínio influencia nas decisões seguintes, quero que sejam mais rápidas para chegar a bola onde precisa passar. As cobranças são em cima disso. Todos têm entendido e tenho certeza que a equipe vai melhorar – explicou o treinador.

Contra o Furacão, Mano Menezes testou uma formação com cinco jogadores de meio-de-campo, sendo dois volantes (Guilherme e Bruno Henrique) e três armadores (Petros, Jadson e Renato Augusto). No treino desta sexta, de olho na partida contra o Sport, o treinador substituiu Renato Augusto por Romarinho, ganhando mais um atacante para fazer companhia a Guerrero.



23/05/2014 18h56min55)

Mano pede calma a atletas para resolver ritmo do Corinthians Marcos Guedes


Mano Menezes quer velocidade nos passes dos volantes para os armadores do Corinthians. E quer calma na troca de bolas no meio de campo. Está difícil ajustar o ritmo na parte que é considerada pelo treinador a mais vital no funcionamento de um time de futebol.

“O segredo das grandes equipes está no coração. E o coração está no meio. Quando a equipe consegue se sobressair com frequência nesse setor, quase sempre é uma grande equipe”, afirmou o técnico, preocupado com a problemática irrigação do ataque no Campeonato Brasileiro.

“Eu gosto que se trabalhe a bola. E não é para gastar o tempo; é para desmontar a marcação do adversário. Se você encontra cinco ou seis marcadores, é hora de rodar a bola para chegar a um lugar onde só encontre dois. É assim que se constrói o jogo quando se está bem marcado. E eu quero, em contrapartida, em outros momentos, que se acelere o jogo para aproveitar uma marcação não tão postada”, explicou.
Divulgação/Agência Corinthians


Mano Menezes quer calma e velocidade em seu problemático meio-campo (foto: Daniel Augusto Jr.)A criatividade do Corinthians lhe rendeu só cinco gols em seis partidas no Nacional. De acordo com Mano, mesmo antes da entrada de Elias – que representará, imagina o chefe, um salto de qualidade no setor após a Copa do Mundo –, é possível tornar mais fluida a circulação da bola.

“Isso passa por uma calma maior na escolha. Em determinados momentos, tomamos a bola e queremos avançar de forma muito rápida. É a ânsia de querer fazer a jogada ofensiva. Muitas vezes, a equipe precisa trabalhar melhor a bola, ter um pouco mais de calma, rodar de um lado para o outro e desestabilizar a marcação. Estamos indo dentro do adversário, muitas vezes quando ele já está mais organizado. Fica muito lá e cá, e não pode ser lá e cá, porque aí não acontece quase nada.”

Antes de toda essa análise, no entanto, Mano fez questão de fazer sua tradicional lembrança de que o coração corinthiano já apresentava problemas no ano passado, sob os cuidados de Tite. Mudou o plano, porém a arritmia ainda está bem distante de ter sido corrigida.

“Faz quase um ano já. Ainda não conseguimos resolver. Já buscamos várias formações diferentes, mudamos o sistema, mudamos jogadores. E ainda não conseguimos resolver na proporção que precisamos resolver”, admitiu o gaúcho.