6 de jun. de 2011

06/06/2011 - 07h02

Seleção usa 'casa' e ídolos do Corinthians em busca de simpatia  paulistana

Alexandre Sinato    
A seleção brasileira tem uma estratégia em busca de paciência e apoio da torcida no amistoso diante da Romênia, às 21h50 desta terça-feira, em São Paulo: recorrer às referências do Corinthians. A primeira delas é o local do amistoso, já que o Pacaembu é considerado a casa alvinegra. As presenças de Ronaldo, Mano Menezes e ex-jogadores do clube alvinegro também contribuem.

OS EX-CORINTIANOS DA SELEÇÃO

  • Juan Mabromata/AFP Ronaldo conquistou dois títulos pelo Corinthians
  • Ricardo Nogueira/Folhapress Mano comandou a reconstrução dentro de campo
  • Edson Silva/Folhapress Elias se destacou como 2º volante com Mano
  • Mowa Press André Santos fez gols decisivos pelo Corinthians
  • Flávio Florido/UOL Nilmar foi campeão brasileiro pelo clube em 2005
A torcida paulista é conhecida como uma das mais críticas em relação ao Brasil. Mas a porção corintiana deve se posicionar a favor da seleção. Os alvinegros vão reencontrar dois símbolos da reconstrução corintiana depois do rebaixamento de 2007: Mano Menezes e Ronaldo.
O comandante chegou ao Parque São Jorge em dezembro de 2007, tirou a equipe da Série B e conquistou dois títulos em 2009: Copa do Brasil e Paulista. O Corinthians voltou não só à elite dentro de campo, mas também passou a figurar nos maiores patamares de exposição na mídia, nas questões financeiras e ainda melhorou estruturalmente.
Em todos esses quesitos Ronaldo foi decisivo. O atacante desembarcou no Parque São Jorge no final de 2008, fez gols importantes principalmente na temporada seguinte e se tornou um produtivo parceiro comercial. Como embaixador indireto, ajudou a recuperar a machucada imagem corintiana.
Além deles, Elias e André Santos também tiveram grande destaque e foram titulares nos títulos da Série B, da Copa do Brasil e do Paulista. Para fechar, Nilmar foi campeão brasileiro pelo Corinthians em 2005 e também conta com a simpatia dos torcedores.
O clima de festa em razão da despedida de Ronaldo também deve ajudar o ambiente a ficar mais leve. Pelo menos até o intervalo. O Fenômeno começará o amistoso na reserva e entrará no decorrer do primeiro tempo. Jogará cerca de 15 minutos e será homenageado na sequência.

  

A escolha do Pacaembu também foi uma aposta. Foi no Morumbi, por exemplo, que a seleção sofreu críticas marcantes em pelo menos três oportunidades. Além disso, o Corinthians, que cedeu seu CT para treino do Brasil, é aliado da CBF. O São Paulo, dono do Morumbi, é um dos principais inimigos políticos da entidade.
A seleção confia ainda na familiaridade dos ex-corintianos com o Pacaembu. Mano e Ronaldo disseram adeus à torcida no estádio municipal de São Paulo sob atmosfera positiva, cenário bem diferente do último sábado: no empate sem gols em Goiânia com a Holanda, o Brasil foi bastante vaiado.
“Será uma festa para o Ronaldo e todo torcedor que for ao Pacaembu ficará feliz duas vezes: pela homenagem ao Ronaldo e pelo bom futebol que esperamos mostrar”, prometeu Maicon.
“O torcedor brasileiro estará sempre do nosso lado. No sábado não jogamos contra um adversário qualquer, era o vice-campeão mundial. Fizemos um bom jogo, mas o resultado não veio. No próximo vamos mostrar que somos uma seleção vitoriosa”, completou o lateral-direito, titular graças à ausência do poupado Daniel